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Edição Especial da Revista da Previdência Complementar traz matérias que analisam efeitos da COVID-19 sobre sistema

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O Grupo Abrapp acaba de disponibilizar a edição especial da Revista da Previdência Complementar (n. 428 - maio/junho 20202) com diversas matérias que abordam os impactos da crise decorrente da pandemia de COVID-19 sobre o sistema de entidades fechadas (EFPC). Em diversas matérias são analisados os efeitos e também as soluções proativas das EFPC para superar as dificuldades e em áreas como investimentos, comunicação, governança, solvência, gestão de ativos e passivos e a relação com os órgãos de supervisão e regulação.

Publicada em formato exclusivamente digital, a edição traz também uma entrevista com Paulo Rabello de Castro, com uma visão sobre a oportunidade diante da crise. E ainda uma matéria sobre os impactos da crise ao redor do mundo com as recomendações e medidas adotadas pelos órgãos de supervisão.

Clique aqui para acessar a edição na íntegra. Leia abaixo o editorial da edição:

Na edição passada, publicada em meados de março, o Brasil ainda vivenciava a pandemia, de certa forma, como expectador. Desde então, o País foi atingido em cheio: o isolamento social interrompeu as atividades não essenciais, indústrias pararam ou reduziram drasticamente a produção, a Bolsa despencou, o dólar foi às alturas, houve demissões em massa e as autoridades têm agido, ainda que com dificuldades, para mitigar os impactos da crise.

A Previdência Complementar se mobilizou rapidamente. Entidades passaram a utilizar o teletrabalho e ampliaram os programas de empréstimo, ao mesmo tempo em que intensificaram os canais de relacionamento e as ações educativas para tranquilizar participantes e assistidos sobre a continuidade do pagamento de benefícios, orientando-os, ainda, sobre o rumo dos investimentos e a necessidade de não fazer movimentos bruscos nos perfis a fim de se evitar perdas. Priorizar pessoas e manter a sustentabilidade são as palavras de ordem do momento.

Os órgãos governamentais adiaram prazos, o regulador se reuniu várias vezes no período recente e a Previc tem levantado informações para elaborar propostas. Há, contudo, certo receio quanto à demora na definição de medidas emergenciais, em especial no que tange à solvência e à possibilidade de resgates, assuntos esses aqui discutidos.

Em meio a muitas dúvidas, a comunicação rápida e direta é fundamental, e as mudanças nas relações de trabalho, que já vinham se desenhando, passam a ser ainda mais céleres, impondo desafios importantes ao fomento. Por outro lado, a crise tende a fazer com que as pessoas tenham mais consciência da necessidade de constituir reserva financeira, seja para a aposentadoria ou para momentos de maior dificuldade como o atual, criando um ambiente mais favorável para a poupança de longo prazo. Também há consenso de que o Estado precisa oferecer proteção social, reacendendo-se, assim, a discussão sobre o seu papel (e tamanho) no pós-pandemia, incluindo-se aí o estímulo aos investimentos privados.

O momento é difícil, mas a Previdência Complementar Fechada sempre teve como marca o espírito de superação. Foram muitas as crises vividas e superadas, e a crise de COVID-19, embora maior e diferente, será mais um exemplo de resiliência. Quando o mundo voltar à normalidade, abre-se mais uma janela de oportunidade de protagonismo para que o setor ocupe o lugar que lhe cabe como parceiro do Estado na retomada econômica e social.

Nesta edição, fazemos uma análise de 360˚ do atual momento e do que esperar daqui para frente segundo a visão de economistas, reguladores, atuários, dirigentes, comunicadores, enfim, profissionais relevantes cujas opiniões compartilhamos com você, leitor e leitora!

Fonte: Abrapp em Foco, em 02.06.2020