Pesquisa realizada pelo Ministério da Previdência Social em parceria com a Abrapp – Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar, entre os dias 6 de janeiro e 7 de fevereiro de 2025, aponta que 58% do quadro de funcionários das entidades de previdência complementar são mulheres, e que elas representam 21% dos membros do Conselho Deliberativo, sendo que 30% não possuem nenhuma mulher neste conselho. No Conselho Fiscal, a maioria das entidades apresenta taxa de participação feminina abaixo de 50%. Já na Diretoria Executiva, a média geral de participação feminina é de 24%.
“Sabemos que o sistema de previdência complementar fechada é um dos pilares de segurança financeira do futuro. No entanto, ainda há muitas mulheres fora desse sistema, por falta de acesso, de informação ou, muitas vezes, de incentivo. Essa ausência representa não só uma fragilidade no futuro financeiro dessas mulheres, mas também uma perda potencial para todo o setor”, disse o Diretor-Presidente da Abrapp, Devanir Silva, em webinar realizada para apresentar os números da pesquisa. Sobre os resultados, ele complementa: “Muito mais do que os números, a pesquisa traz histórias, desafios e oportunidades. E aponta caminhos para que possamos mudar realidades.”
A diversidade de gênero é um importante tema a ser analisado, considerado e cuidado dentro das empresas, e no segmento de previdência complementar não é diferente. Ainda que os resultados da pesquisa apontem um percentual significativo de funcionárias do gênero feminino, o que é positivo, o índice de mulheres na liderança ainda é baixo, tendo em vista que as decisões estratégicas e culturais dependem de gestores e executivos.
Representatividade na Fundação Libertas
A Libertas se orgulha em fazer parte das entidades que possuem, em sua maioria, funcionárias mulheres. Atualmente, das 85 pessoas que compõem o time de empregados, 56% são do gênero feminino. Nos cargos gerenciais, dentre oito gerentes, cinco são mulheres. Já a Diretoria Executiva, é composta por três mulheres e um homem. Os órgãos estatutários, por outro lado, ainda que compostos por maioria masculina, possuem boa representatividade feminina, sendo o Conselho Deliberativo integrado por quatro mulheres e oito homens e o Conselho Fiscal com três mulheres e cinco homens.
Representatividade e inclusão são preocupações para a Libertas, e a Fundação tem se transformado e buscado, cada vez mais, colocar em prática ações neste sentido.
“Em 47 anos de existência, é a primeira vez que a Fundação tem uma Presidente mulher e a Diretoria Executiva com composição, em sua maioria, feminina. Sei que nosso olhar pode trazer muitas contribuições: vivenciamos a maternidade e temos a capacidade de ser várias ao mesmo tempo”, compartilhou Alessandra Rocha, em sua cerimônia de posse, realizada no dia 26 de maio de 2025.
Sobre o resultado da pesquisa, Alessandra diz “ter esse diagnóstico é muito importante, pois mostra que as entidades estão no caminho certo, com boa representatividade feminina, e que temos espaço para melhorar e um trajeto a percorrer, a fim de levá-las a mais cargos de lideranças e ocupar mais espaço no segmento. É essencial refletirmos sobre esses dados coletados e traçar estratégias para melhorarmos cada dia mais.”
Relatório completo
Confira o relatório com os resultados completos da pesquisa clicando aqui.
Fonte: Fundação Libertas, em 21.07.2025.