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Desastres naturais causam US$ 162 bilhões em perdas econômicas no 1º semestre de 2025, aponta Aon

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Incêndios nos EUA, terremoto em Myanmar e eventos climáticos extremos na América do Sul elevam prejuízos e expõem desafios de cobertura securitária

  • O relatório Global Catastrophe Recap: First Half of 2025, da Aon plc (NYSE: AON), revela que desastres naturais geraram US$ 162 bilhões em perdas econômicas globais entre janeiro e junho de 2025
  • O valor está acima da média histórica deste século para o período (US$ 141 bilhões) e próximo ao registrado em 2024 (US$ 156 bilhões)
  • Nos Estados Unidos, os prejuízos atingiram US$ 126 bilhões, o maior valor já registrado para um primeiro semestre no país. Os incêndios florestais na Califórnia (Palisades e Eaton) foram responsáveis por mais de US$ 40 bilhões em perdas seguradas

Perdas seguradas em nível recorde

As perdas seguradas globais somaram US$ 100 bilhões, o segundo maior valor já registrado para um primeiro semestre, superando em mais de duas vezes a média histórica de US$ 41 bilhões.

A lacuna de proteção securitária global caiu para 38%, a menor já registrada para um primeiro semestre, impulsionada pela alta penetração de seguros nos EUA. Porém, países em desenvolvimento seguem com forte subseguro; no terremoto de Myanmar, apenas US$ 100 milhões dos US$ 12 bilhões em danos estavam cobertos.

Eventos climáticos extremos: impactos na América do Sul e no Brasil

Na América do Sul, eventos extremos incluíram tempestades severas na Bolívia e no Brasil, além de enchentes no Brasil, Peru, Equador, Bolívia e Argentina.

Brasil enfrentou:

  • Seca prolongada: perdas estimadas em US$ 4,75 bilhões, uma das piores estiagens já registradas no primeiro semestre.
  • Tempestades severasUS$ 490 milhões em perdas, incluindo um evento específico entre 13 e 25 de junho que gerou US$ 110 milhões.
  • Total de prejuízos no semestre: mais de US$ 5,3 bilhões.

Segundo Beatriz Protásio, CEO de Resseguros para o Brasil na Aon, “os dados reforçam a urgência de fortalecer a gestão de riscos climáticos. O uso de ferramentas analíticas e preditivas é, cada vez mais, essencial para apoiar a tomada de decisão e promover a resiliência, especialmente em mercados como o brasileiro, que enfrentam eventos extremos com baixa cobertura de seguros”.

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Eventos globais climáticos mais impactantes do semestre

  • Incêndio de Palisades (EUA): US$ 32 bilhões em perdas econômicas
  • Incêndio de Eaton (EUA): US$ 25 bilhões
  • Terremoto em Myanmar: US$ 11,9 bilhões
  • Tempestades convectivas severas nos EUA: US$ 11 bilhões (março) e US$ 9,5 bilhões (maio)

Fonte: CNseg, em 12.08.2025