A demência é um dos principais desafios de saúde pública no mundo, afetando atualmente cerca de 57 milhões de pessoas, incluindo cerca de 2,5 milhões de brasileiros. Estimativas para 2050 indicam que esse número pode quase triplicar, ultrapassando os 150 milhões de casos em todo o mundo. Um novo estudo liderado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) alerta que, apesar de cada vez mais frequentes, condições associadas ao envelhecimento, como comprometimento cognitivo e demência, frequentemente passam despercebidas pelas equipes de saúde que atuam nos hospitais.
“Essa situação acontece porque a atenção dos profissionais que atuam no ambiente hospitalar se concentra na identificação e no tratamento da condição aguda que levou à internação, como pneumonia, infecção urinária ou descompensação cardíaca. No entanto, a demência influencia diretamente a resposta a medicamentos, aumenta o risco de delírium, prolonga a internação e dificulta a reabilitação”, explica Márlon Aliberti, primeiro autor do estudo e professor colaborador da FMUSP.
Fonte: Medicina S/A, em 05.06.2025