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Conversa Segura #3: a tempestade perfeita em Saúde Suplementar

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cnseg 07122023 2

• A Saúde Suplementar no Brasil vive uma tempestade perfeita, formada pelo aumento da sinistralidade, com déficit operacional recorrente. Já são sete semestres consecutivos de resultado negativo em um setor fortemente responsável pelos investimentos em saúde no País.

• Este é o tema do terceiro programa da série Conversa Segura, videocast da CNseg. 

• Os convidados analisam o impacto econômico e social da longevidade para os planos de saúde, bem como uma mudança de comportamento da população no pós-pandemia, que hoje busca mais pela consulta médica.

• Além disso, as novas tecnologias trazem tratamentos cada vez mais sofisticados, em uma rápida velocidade, mas que atendem a poucas pessoas.

• “Faz com que a indústria queira introduzir esses produtos a valores muito altos, para recuperar o seu investimento em pesquisa em um curto espaço de tempo”, analisa Vera Valente, secretária-executiva da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar).

• Vanessa Teich, diretora de Economia da Saúde do Hospital Albert Einstein, explicou que isso acontece porque uma das características do desenvolvimento tecnológico em saúde é a de somar tecnologias: a nova não substitui a que está em uso: “A gente cria uma linha de tratamento adicional”. 

• O desafio é definir os critérios sobre o que entra e o que fica de fora na cobertura em Saúde Suplementar.

• A interferência constante do Legislativo e a judicialização absurda representam mais desafios para o setor no Brasil, que tem como característica o mutualismo. A operadora gerencia o recurso de quem está no sistema, reforça o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira:

• “Atender é sempre o melhor, mas a gente tem que ter a noção de que no final a conta vem para todos. Isso acaba tirando pessoas do sistema, pessoas que ajudariam a fazer o sistema ficar mais barato para todo mundo”.

Escute na íntegra a terceira edição do Conversa Segura

Assista aqui no Youtube

Confira outros tópicos desta conversa

• O cenário comparado entre 2019 e 2022 é preocupante. O salto foi de 8 milhões para 25 milhões de usuários em operadoras que atuam no vermelho

• O número representa quase 50% dos usuários do sistema e coloca em xeque as pequenas operadoras de saúde

• As fraudes são outro agravante no setor de saúde suplementar, que constata, inclusive, a atuação de criminosos envolvidos em grandes esquemas

• O envelhecimento das carteiras de operadoras de planos de saúde é mais elevado: cresce a presença daqueles com 60 anos ou mais, na comparação com outras faixas etárias

• Os planos de saúde respondem por 85% das receitas dos prestadores de serviço, como clínicas, laboratórios entre outros 

• Mudança de modelo de remuneração aos prestadores é um debate no setor, para que não se incentive o uso inadequado dos planos

• Regulação excessiva engessa a oferta de planos de saúde diferenciados pelo setor de Saúde Suplementar 

Gostou? Escute na íntegra a terceira edição do Conversa Segura

Fonte: CNseg, em 07.12.2023