O consórcio segue apresentando resultados recordes, como os alcançados no 1º trimestre deste ano. E de acordo com a assessoria econômica da ABAC, os ativos administrados pelo Sistema de Consórcios podem superar o saldo da poupança até dezembro de 2028. O cálculo leva em consideração o ritmo de crescimento de ambas as modalidades nos últimos dez anos.
O estudo foi realizado com o objetivo de avaliar o real momento da caderneta de poupança. Foram considerados todos os saldos anuais do final de cada ano, atualizados pelo IPCA de 2015 a 2024, de modo a medir o poder de compra a preços atuais.
Em paralelo, observando o mesmo critério de upgrade, foram feitos semelhantes procedimentos com os totais dos ativos administrados pelo Sistema de Consórcios no mesmo período. Ou seja, a somatória de todos os recursos recolhidos pelos consorciados, acrescido dos valores a recolher até o final dos grupos.
“Por decorrência, é possível vislumbrar a dimensão dos volumes que gradativamente serão injetados na economia. Afinal, o consórcio é um tipo de poupança programada com objetivos definidos, tanto para aquisição de bens como para contratação de serviços para consumo ou para investimento econômico”, reforça Luiz Antonio Barbagallo.
Ativos administrados pelo consórcio crescem mais que a caderneta de poupança
De 2015 a 2024, enquanto os ativos administrados pelo Sistema de Consórcios cresceram 17,1%, o saldo da poupança aumentou 5,2%. Este é o ritmo que, se mantido, permite estimar que até o final de 2028 o consórcio possa superar a poupança.
Analisando detalhadamente a década, observa-se que as taxas reais de crescimento de cada produto financeiro apresentaram percentuais diferenciados. Enquanto nos cinco primeiros anos, de 2015 a 2019, o crescimento da caderneta de poupança atingiu variação de 2,1%, o avanço dos ativos administrados alcançou 5,3%.
Já nos cinco anos seguintes, de 2020 a 2024, a diferença entre os desempenhos aumentou. Enquanto a poupança registrou queda real de 6,0%, os ativos administrados pelos consórcios apontaram evolução de 22,5%.
Entre as principais razões dessa retração estão o baixo rendimento, às vezes abaixo da inflação, e o endividamento das famílias. Como resultado, os poupadores têm recorrido a seus saldos para cobrir despesas do dia a dia e ajustar os déficits em seus orçamentos.
Confira no quadro abaixo:
Fonte: ABAC, em 29.05.2025