A comunicação é a habilidade do século e essa premissa vale para todas as áreas do conhecimento. Saber se expressar e compreender o outro é a base para o estreitamento de uma comunicação eficaz, principalmente quando nos referimos aos desafios impostos durante a jornada do paciente com câncer. E é justamente o que a Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO) busca ao divulgar as novas diretrizes que vão nortear a comunicação dos oncologistas com os pacientes.
A ideia não é engessar a comunicação, mas criar um padrão de atendimento em que as pessoas se sintam respeitadas e acolhidas durante o tratamento e, para isso, a empatia e a escuta profunda devem estar presentes nessa comunicação, garantindo todo o suporte ao paciente e o envolvimento dele na jornada de tratamento, compreendendo o processo e tendo segurança para discutir suas preferências e expressar suas dúvidas e aflições. Para Rafael Luís do Carmo, oncologista clínico do Grupo SOnHe esse pilar é fundamental para trazer segurança ao paciente. “As diretrizes da ESMO só reforçam a necessidade de uma relação estreita entre médicos e pacientes, que vem sendo substituída pela frieza dos prontuários online, da telemedicina. É preciso saber quando utilizar essas ferramentas tecnológicas que são importantes”, pontua o oncologista.
Fonte: Medicina S/A, em 27.06.2024