Por Sérgio Tauhata
Seguradoras terão de refazer cálculos e precificar o risco de pandemia em novos produtos de vida
No começo da pandemia, em março do ano passado, por iniciativa das próprias seguradoras, as apólices de vida que excluíam o risco de pandemia passaram a cobrir a covid-19. Um ano depois, com aceleração das mortes pela doença e, consequentemente, das indenizações pagas, companhias voltam aos cálculos para entender se é viável manter a proteção. A primeira leitura é que a cobertura será mantida, ainda que com ajuste no preço.
Segundo o advogado e presidente do Instituto Brasileiro de Direito do Seguro (IBDS), Ernesto Tzirulnik, parte das seguradoras está diante do dilema de voltar atrás ou manter a concessão de liberar a cobertura para pandemia. “Agora a covid-19 começou a matar mais as pessoas que têm seguros, das bases das seguradoras”, diz o especialista em direito securitário. “Na primeira onda, as vítimas eram mais pobres e mais velhas, um público que não consome tanto seguro.”
Fonte: Valor Econômico, em 20.04.2021