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Ciclone gera perdas de mais de R$ 1,5 bilhão na Região Sul, diz Confederação Nacional de Municípios

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A mais recente atualização dos prejuízos pela passagem do ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul reporta perdas econômicas e financeiras de mais de R$ 1,3 bilhão, com reflexos em municípios de Santa Catarina com R$ 28,8 milhões de prejuízos. No total, os danos somam mais de R$ 1,5 bilhão.

O ciclone afetou 85 municípios gaúchos. Desse total, 79 decretaram estado de calamidade pública e 40 relataram danos, prejuízos econômicos e financeiros.

Os dados foram levantados pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) em 4 de setembro, cinco dias após o desastre natural.

Para o mercado segurador, prioridade às vítimas

O setor segurador está dando tratamento prioritário às vítimas do desastre natural:

• O Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul (SindSeg-RS), além de doações próprias, abriu as portas de sua sede para receber material e produtos em favor da Defesa Civil

• A Bradesco Seguros estruturou uma operação emergencial para acelerar o tratamento e pagamento de sinistros. A seguradora informou ter recebido mais de 60 chamados especiais para os seguros Residencial e Empresarial em 10 cidades atingidas pelo ciclone. Em meados do ano, também em virtude de dois ciclones extratropicais, a seguradora atendeu a mais de mil chamados e algo acima de R$ 10 milhões em indenizações. Mais de 80% dos chamados relacionam-se ao seguro residencial, seguido do seguro empresarial

• A HDI organizou uma operação especial, criando uma central de assistência exclusiva para atender clientes do RS e SC. Esses clientes são transferidos para uma central de sinistro dedicada, recebendo um link para captura das fotos, em horário comercial, ou um e-mail para envio do material, durante horários alternativos ou fins de semana. Também ampliou o serviço HDI Guinchos, para deslocamento e mobilização de mais prestadores para a região

• O Banco do Brasil e a Fundação BB lançaram campanha para apoio às pessoas atingidas pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul. A Fundação BB já doou R$ 500 mil, ao passo que o BB, criou uma conta para receber doações

Entre as ações gerais mais comuns nos dias seguintes à passagem do ciclone estão o apoio de equipes baseadas em cidades para facilitar o deslocamento para atendimentos, pontos de recebimento de doações de materiais e de alimentos, serviços de telhado provisório (lonas), de limpeza de imóveis, além da oferta de caçambas para segurados.

A tragédia em números

O levantamento realizado pela Confederação Nacional de Municípios sobre a passagem do ciclone dá conta de que:

1 - Mais de 8 mil casas foram danificadas e ou destruídas, gerando prejuízo de quase R$ 175 milhões ao setor habitacional

2 - Outros setores mais afetados são comércio local (R$ 423,8 milhões em prejuízos), agricultura (R$ 229,7 milhões), pecuária (R$ 93,4 milhões)

3 - As despesas com limpeza urbana e remoção de escombros somam R$ 3,1 milhões até agora; assistência médica/saúde emergencial, R$ 2,9 milhões; sistema de transporte, R$ 20,3 milhões

4 - Até meados de setembro, cerca de 50 pessoas haviam perdido vida no estado gaúcho, tendo em vista deslizamentos de terra, enchentes, alagamentos, inundações, enxurradas e quedas de árvores

5 - A Defesa Civil do Rio Grande do Sul calcula que 135 mil pessoas foram afetadas, 46 estão desaparecidas, 73 ficaram feridas, mais 3 mil estão desabrigadas e 7,7 mil estão desalojadas

6 - Contando com o outro ciclone extratropical, ocorrido em junho e com 16 vítimas no Estado, o número de mortes sobe para 57 pessoas nos dois eventos

Fonte: CNseg - Notícias do Seguro, em 12.09.2023