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CNseg - Notícias do Seguro, em 27.08.2025

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Boletim Notícias do Seguro: Ary Fontoura entra em cena pela educação em seguros e previdência

 Seguros e agronegócio: na linha de frente da crise climática. A teoria acabou. Eventos extremos já são uma realidade que afeta diretamente o agronegócio e o mercado de seguros. Para analisar este cenário e discutir a "nova vocação econômica" que o Brasil precisa encontrar, o Boletim Notícias do Seguro traz uma das maiores autoridades do país no assunto: o climatologista Paulo Artaxo, professor da USP
 O debate climático chega ao Congresso Nacional: confira detalhes de uma audiência pública, onde especialistas e parlamentares destacaram o papel fundamental e estratégico do setor de seguros para garantir a estabilidade econômica e social do Brasil diante da nova realidade climática. O seguro deixa de ser visto apenas como um produto e se consolida como uma ferramenta essencial para a adaptação e a resiliência do país
 Educação em seguros ganha reforço de peso com Ary Fontoura. E para que a população entenda a importância de se proteger nesse novo cenário, a comunicação é chave! O setor ganha um aliado de peso na missão de levar educação em seguros e previdência para todos os brasileiros: o aclamado ator Ary Fontoura. Conheça os detalhes dessa iniciativa para fortalecer a cultura do seguro no Brasil nesta edição!

Quer saber mais? No Boletim Notícias do Seguro, você ouve as principais notícias do mercado segurador, com informações valiosas para sua proteção financeira e seu planejamento - e no YouTube você também pode assistir a versão em vídeo.


Seguros e clima: novo hub da CNseg vai transformar dados em decisões

  • Durante o 3º Workshop de Seguros para Jornalistas, realizado pela CNseg em 22 de agosto, no Rio de Janeiro, o professor Fernando Teixeira, da Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), apresentou uma novidade promissora:

Um hub de dados socioambientais e riscos climáticos, desenvolvido especialmente para o setor de seguros brasileiro

Veja abaixo o que é esse hub e por que ele é tão importante para enfrentar os desafios das mudanças climáticas:

1. O que é o hub de dados socioambientais e riscos climáticos?

  • Uma plataforma digital que reúne e interpreta dados científicos, ambientais e sociais
  • Ela ajuda seguradoras, governos e empresas a entender melhor os riscos climáticos de cada local
  • A ferramenta mostra um índice de risco claro e explicativo, com base em dados de diversas fontes
  • Pode ser consultada por CPF, CNPJ, endereço, CEP, coordenadas ou área geográfica específica

2. Para que serve um hub de dados socioambientais e riscos climáticos?

  • Permite avaliar riscos com mais precisão, como enchentes ou secas
  • Ajuda municípios a planejar políticas de prevenção e adaptação
  • Apoia empresas e bancos a investir com mais segurança, reduzindo perdas futuras

3. Por que o hub de dados socioambientais e riscos climáticos é tão necessário?

  • Segundo Claudia Prates, diretora de Sustentabilidade da CNseg, o Brasil tem orçamento público limitado e sofre com os altos custos de desastres climáticos
  • Quando não há um seguro adequado, os mais pobres são os que mais sofrem
  • O hub ajuda a medir e precificar melhor os riscos, tornando o seguro mais justo e eficiente

4. Hub de dados socioambientais e riscos climáticos: muito mais que dados, decisão com base em ciência

Maria Netto, do Instituto Clima e Sociedade (ICS), reforçou que não basta ter dados — é preciso entender o que eles significam

O hub cria uma ponte entre ciência, finanças e planejamento:

“Ele ajuda a decidir onde investir para reduzir os impactos no futuro”

5. Hub de dados socioambientais e riscos climáticos: conectando ciência, tecnologia e território

Lincoln Muniz Alves, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, lembrou que:

“Nada adianta se a gente não aplicar isso no território”

O hub não prevê o futuro com exatidão, mas traz clareza e orientação para quem precisa agir.

6. Como funciona um hub de dados socioambientais e riscos climáticos?

  • O projeto usa inteligência artificial, Big Data e ciência de dados.
  • Mostra o risco em forma de número, junto com uma explicação simples sobre como esse número foi calculado.
  • Inclui dados de 18 fontes diferentes, como:
    • áreas de desmatamento
    • presença de comunidades indígenas
    • registros de trabalho escravo

7. Hub de dados socioambientais e riscos climáticos: um avanço estratégico para o setor de seguros

  • O hub marca uma virada no papel do seguro frente à crise climática
  • Em vez de apenas pagar pelos danos, o setor poderá prevenir, planejar e proteger mais pessoa
  • Como disse Claudia Prates, é um passo importante para uma transição climática mais justa e eficiente

O futuro do Brasil está em risco: entenda o impacto das mudanças climáticas

  • Durante o 3º Workshop de Seguros para Jornalistas, realizado pela CNseg em 22 de agosto, o físico e professor da USP Paulo Artaxo fez um alerta importante:

O Brasil está entre os países que mais sofrerão com os efeitos das mudanças climáticas

A seguir, veja os principais pontos da apresentação:

1. O clima está mudando - e o Brasil será um dos mais afetados

  • A temperatura do planeta já subiu mais de 1,5°C
  • Em áreas continentais, o aumento médio já ultrapassa 2,2°C
  • No Brasil, algumas regiões podem chegar a 4°C até o fim do século
  • Isso significa mais calor, secas severas, chuvas fortes e desastres naturais

2. Desastres naturais pressionam o setor de seguros

  • Enchentes, queimadas e outros eventos extremos aumentam os custos das seguradoras
  • Isso pode tornar os seguros mais caros ou menos acessíveis
  • O setor precisa rever seus modelos para lidar com riscos mais frequentes

3. A produção de alimentos corre perigo

  • Calor excessivo e menos chuvas reduzem a produtividade agrícola
  • O Brasil, que tem no agronegócio uma base econômica, será diretamente afetado
  • O nível do mar pode subir até 1,5 metro até 2100, impactando áreas litorâneas

4. A saúde da população está ameaçada

  • Ondas de calor já causam milhares de mortes no mundo
  • No Brasil, um estudo da UFRJ apontou cerca de 48 mil mortes adicionais ligadas ao calor
  • As populações mais pobres são as mais afetadas

5. Prometer “emissão zero” não é suficiente

  • O setor de alimentos responde por 25% das emissões de gases poluentes
  • A perda de biodiversidade e os impactos sociais dificultam ainda mais o controle da crise
  • Sem mudanças reais, as metas de neutralidade de carbono não serão cumpridas

6. A saída passa pela sustentabilidade

  • É possível enfrentar a crise climática, mas com ação urgente
  • Devemos seguir os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU
  • A construção de um mundo mais justo e seguro depende de todos nós

7. A COP30 pode ser um ponto de virada

  • A Conferência do Clima em Belém, em 2025, será decisiva
  • É hora de combater o desmatamento, reduzir emissões e investir em adaptação
  • O Brasil tem potencial para liderar essa transformação global

Fonte: CNseg, em 27.08.2025