Boletim Notícias do Seguro: Ary Fontoura entra em cena pela educação em seguros e previdência
Seguros e agronegócio: na linha de frente da crise climática. A teoria acabou. Eventos extremos já são uma realidade que afeta diretamente o agronegócio e o mercado de seguros. Para analisar este cenário e discutir a "nova vocação econômica" que o Brasil precisa encontrar, o Boletim Notícias do Seguro traz uma das maiores autoridades do país no assunto: o climatologista Paulo Artaxo, professor da USP
O debate climático chega ao Congresso Nacional: confira detalhes de uma audiência pública, onde especialistas e parlamentares destacaram o papel fundamental e estratégico do setor de seguros para garantir a estabilidade econômica e social do Brasil diante da nova realidade climática. O seguro deixa de ser visto apenas como um produto e se consolida como uma ferramenta essencial para a adaptação e a resiliência do país
Educação em seguros ganha reforço de peso com Ary Fontoura. E para que a população entenda a importância de se proteger nesse novo cenário, a comunicação é chave! O setor ganha um aliado de peso na missão de levar educação em seguros e previdência para todos os brasileiros: o aclamado ator Ary Fontoura. Conheça os detalhes dessa iniciativa para fortalecer a cultura do seguro no Brasil nesta edição!
Quer saber mais? No Boletim Notícias do Seguro, você ouve as principais notícias do mercado segurador, com informações valiosas para sua proteção financeira e seu planejamento - e no YouTube você também pode assistir a versão em vídeo.
Seguros e clima: novo hub da CNseg vai transformar dados em decisões
- Durante o 3º Workshop de Seguros para Jornalistas, realizado pela CNseg em 22 de agosto, no Rio de Janeiro, o professor Fernando Teixeira, da Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), apresentou uma novidade promissora:
Um hub de dados socioambientais e riscos climáticos, desenvolvido especialmente para o setor de seguros brasileiro
Veja abaixo o que é esse hub e por que ele é tão importante para enfrentar os desafios das mudanças climáticas:
1. O que é o hub de dados socioambientais e riscos climáticos?
- Uma plataforma digital que reúne e interpreta dados científicos, ambientais e sociais
- Ela ajuda seguradoras, governos e empresas a entender melhor os riscos climáticos de cada local
- A ferramenta mostra um índice de risco claro e explicativo, com base em dados de diversas fontes
- Pode ser consultada por CPF, CNPJ, endereço, CEP, coordenadas ou área geográfica específica
2. Para que serve um hub de dados socioambientais e riscos climáticos?
- Permite avaliar riscos com mais precisão, como enchentes ou secas
- Ajuda municípios a planejar políticas de prevenção e adaptação
- Apoia empresas e bancos a investir com mais segurança, reduzindo perdas futuras
3. Por que o hub de dados socioambientais e riscos climáticos é tão necessário?
- Segundo Claudia Prates, diretora de Sustentabilidade da CNseg, o Brasil tem orçamento público limitado e sofre com os altos custos de desastres climáticos
- Quando não há um seguro adequado, os mais pobres são os que mais sofrem
- O hub ajuda a medir e precificar melhor os riscos, tornando o seguro mais justo e eficiente
4. Hub de dados socioambientais e riscos climáticos: muito mais que dados, decisão com base em ciência
Maria Netto, do Instituto Clima e Sociedade (ICS), reforçou que não basta ter dados — é preciso entender o que eles significam
O hub cria uma ponte entre ciência, finanças e planejamento:
“Ele ajuda a decidir onde investir para reduzir os impactos no futuro”
5. Hub de dados socioambientais e riscos climáticos: conectando ciência, tecnologia e território
Lincoln Muniz Alves, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, lembrou que:
“Nada adianta se a gente não aplicar isso no território”
O hub não prevê o futuro com exatidão, mas traz clareza e orientação para quem precisa agir.
6. Como funciona um hub de dados socioambientais e riscos climáticos?
- O projeto usa inteligência artificial, Big Data e ciência de dados.
- Mostra o risco em forma de número, junto com uma explicação simples sobre como esse número foi calculado.
- Inclui dados de 18 fontes diferentes, como:
- áreas de desmatamento
- presença de comunidades indígenas
- registros de trabalho escravo
7. Hub de dados socioambientais e riscos climáticos: um avanço estratégico para o setor de seguros
- O hub marca uma virada no papel do seguro frente à crise climática
- Em vez de apenas pagar pelos danos, o setor poderá prevenir, planejar e proteger mais pessoa
- Como disse Claudia Prates, é um passo importante para uma transição climática mais justa e eficiente
O futuro do Brasil está em risco: entenda o impacto das mudanças climáticas
- Durante o 3º Workshop de Seguros para Jornalistas, realizado pela CNseg em 22 de agosto, o físico e professor da USP Paulo Artaxo fez um alerta importante:
O Brasil está entre os países que mais sofrerão com os efeitos das mudanças climáticas
A seguir, veja os principais pontos da apresentação:
1. O clima está mudando - e o Brasil será um dos mais afetados
- A temperatura do planeta já subiu mais de 1,5°C
- Em áreas continentais, o aumento médio já ultrapassa 2,2°C
- No Brasil, algumas regiões podem chegar a 4°C até o fim do século
- Isso significa mais calor, secas severas, chuvas fortes e desastres naturais
2. Desastres naturais pressionam o setor de seguros
- Enchentes, queimadas e outros eventos extremos aumentam os custos das seguradoras
- Isso pode tornar os seguros mais caros ou menos acessíveis
- O setor precisa rever seus modelos para lidar com riscos mais frequentes
3. A produção de alimentos corre perigo
- Calor excessivo e menos chuvas reduzem a produtividade agrícola
- O Brasil, que tem no agronegócio uma base econômica, será diretamente afetado
- O nível do mar pode subir até 1,5 metro até 2100, impactando áreas litorâneas
4. A saúde da população está ameaçada
- Ondas de calor já causam milhares de mortes no mundo
- No Brasil, um estudo da UFRJ apontou cerca de 48 mil mortes adicionais ligadas ao calor
- As populações mais pobres são as mais afetadas
5. Prometer “emissão zero” não é suficiente
- O setor de alimentos responde por 25% das emissões de gases poluentes
- A perda de biodiversidade e os impactos sociais dificultam ainda mais o controle da crise
- Sem mudanças reais, as metas de neutralidade de carbono não serão cumpridas
6. A saída passa pela sustentabilidade
- É possível enfrentar a crise climática, mas com ação urgente
- Devemos seguir os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU
- A construção de um mundo mais justo e seguro depende de todos nós
7. A COP30 pode ser um ponto de virada
- A Conferência do Clima em Belém, em 2025, será decisiva
- É hora de combater o desmatamento, reduzir emissões e investir em adaptação
- O Brasil tem potencial para liderar essa transformação global
Fonte: CNseg, em 27.08.2025