Seguro RETA: a proteção obrigatória para passageiros e companhias aéreas
- Você sabia que existe um seguro obrigatório que protege passageiros, tripulantes, bagagens e até pessoas que estão em solo, caso algo saia do previsto em um voo?
- Esse seguro é conhecido como RETA (Responsabilidade do Explorador ou Transportador Aéreo) e é exigido por lei, conforme o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA). Ele vale para aeronaves comerciais, recreativas e até para operações em aeroportos
- O RETA garante que, em situações de acidentes ou imprevistos, os danos sejam minimizados financeiramente, tanto para a empresa quanto para os passageiros
O que o Seguro RETA cobre?
Essa modalidade de seguro possui seis coberturas básicas que ajudam a lidar com os principais riscos em uma operação aérea:
- Responsabilidade Civil por Danos Pessoais, causados a passageiros: garante o pagamento de indenizações por danos pessoais ou por problemas com bagagem de mão, em caso de acidente durante a viagem.
- Responsabilidade Civil por Danos Pessoais, causados a tripulantes: oferece proteção semelhante à dos passageiros, cobrindo acidentes com tripulantes e seus pertences pessoais.
- Responsabilidade Civil por Danos Pessoais e/ou Danos Materiais, causados a terceiros não transportados na superfície: cobre acidentes que afetem pessoas ou bens que não estão no voo, mas que possam ser atingidos por manobras da aeronave (como em pousos, decolagens ou falhas técnicas).
- Responsabilidade Civil por Abalroamento: garante indenização por colisões da aeronave segurada com outra, seja em voo ou em solo.
- Responsabilidade Civil por Danos à Carga e /ou à Bagagem de Passageiros Despachada: reembolsa danos causados à bagagem que foi despachada ou à carga transportada, em caso de acidente.
- Responsabilidade Civil por Cancelamento de Voo, Atraso ou Preterição de Embarque: cobre situações em que o passageiro tem o voo cancelado, é impedido de embarcar, ou enfrenta atraso superior a quatro horas — com indenização aos portadores do bilhete.
Seguro RETA é imprescindível
Mesmo sendo um seguro exigido por lei, o RETA vai além da formalidade. Ele representa uma rede de proteção completa em um ambiente onde os imprevistos podem trazer grandes prejuízos.
Ter o Seguro RETA em dia significa compromisso com a segurança, a responsabilidade e o bem-estar de todos os envolvidos na aviação, tanto nos céus quanto em solo.
Carros elétricos na Colômbia enfrentam desafios para obter seguros adequados
Menos de 1% da frota colombiana é elétrica - e isso afeta a precificação.
- A Colômbia vive um paradoxo: os veículos elétricos ganham popularidade
- Ainda assim, representam menos de 1% da frota segurada
- Segundo o diretor das Câmaras de Automóvel e Transporte da Fasecolda, a baixa participação cria um obstáculo importante:
"As seguradoras precisam de muitos dados para poder melhorar a taxa e dar os preços mais adequados ao segurado, dependendo do risco que está sendo capturado. Hoje temos cada vez mais veículos elétricos nas estradas do país, mas ainda é uma parcela muito pequena em comparação com o número total de veículos segurados, que não chegam nem a 1%. Portanto, quanto mais dados tivermos, melhor as empresas poderão fazer para fornecer uma taxa mais precisa e justa aos segurados" - Jasson Cruz, diretor das Câmaras de Automóvel e Transporte da Fasecolda
Sem histórico confiável de sinistros, danos e custos médios, as seguradoras têm dificuldade para calcular prêmios justos e viáveis para esse segmento emergente.
Carros elétricos exigem novas oficinas, novos profissionais e peças importadas na Colômbia
A estrutura atual, voltada para veículos a combustão, não dá conta da manutenção dos elétricos:
- Oficinas tradicionais não servem por motivos de segurança: tecnologias não podem coexistir no mesmo espaço
- É necessária infraestrutura específica para o atendimento de carros elétricos
- Falta mão de obra capacitada em eletrônica e sistemas de alta voltagem.
- Até os serviços de guincho e assistência 24h precisam ser adaptados, o que hoje ainda é limitado no país
Falta de autopeças é gargalo crítico para o setor segurador colombiano
Outro entrave é a cadeia de suprimentos:
- Peças são quase sempre importadas
- A Colômbia tem baixa participação no mercado global de elétricos
- O pós-venda é falho, com pouca capacidade de reposição local
Deficiências têm impacto direto nas seguradoras colombianas
Com pouca informação, falta de peças e de mão de obra especializada, os custos aumentam - e a subscrição de riscos fica comprometida.
O resultado: planos de seguro restritos, mais caros ou pouco atrativos para os consumidores de veículos elétricos.
Caminho é adaptar o ecossistema automotivo na Colômbia
A Colômbia precisará:
- Criar oficinas especializadas em veículos elétricos
- Formar profissionais técnicos em eletricidade automotiva
- Ampliar a base de dados sobre sinistros e custos
- Facilitar o acesso a peças de reposição
Só com essas mudanças o país conseguirá consolidar o seguro automotivo para veículos elétricos e acompanhar a transição energética global.
Fonte: CNseg, em 24.06.2025