IRPF 2025: como fugir da malha fina ao declarar produtos de seguro
- Com o prazo final para a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física se encerrando em 31 de maio, aumenta a corrida para acertar as contas com a Receita Federal. A pressa, porém, pode levar a erros comuns e inclusão indevida na malha fina
- Benefícios como Plano de Saúde, Plano Odontológico e Seguro de Vida devem ser declarados, mesmo sendo isentos de tributação. Já os planos PGBL e VGBL da previdência privada têm diferentes tributações e formas de declaração de IR, por isso devem ser tratados de forma distinta
Veja o passo a passo para declarar produtos de seguro no IR:
Planos de saúde: deduções exigem atenção no Imposto de Renda
- Plano individual: declare os pagamentos na ficha “Pagamentos Efetuados”, código 26, informando CNPJ da operadora e valor pago. Certifique-se de que os valores declarados correspondem exatamente aos comprovantes de pagamento para evitar inconsistências.
- Plano empresarial (coparticipação): se o seu plano de saúde for custeado integralmente pela empresa, não é necessário declarar os valores. No entanto, se houver coparticipação, os valores pagos pelo contribuinte podem ser deduzidos. Para isso, use o informe de rendimentos fornecido pela empresa ou pela operadora para obter os valores exatos: Declare os pagamentos na ficha “Pagamentos Efetuados”, código 26, informando CNPJ da operadora e valor pago. No campo “Parcela não dedutível/valor reembolsado”, indique a parte custeada pela empresa, pois essa quantia não pode ser abatida.
- Plano familiar: dependentes devem estar cadastrados para que os gastos sejam deduzidos. Na hora de declarar, acesse a ficha “Pagamentos Efetuados” e utilize o código 26 – “Planos de Saúde no Brasil”. Certifique-se de vincular corretamente cada despesa ao respectivo dependente para que os valores sejam considerados na dedução no Imposto de Renda.
Plano odontológico: como incluir no IR
Gastos com planos odontológicos também podem ser deduzidos, desde que o contribuinte seja o responsável pelo pagamento. Use a ficha “Pagamentos Efetuados”, código 26, e informe o valor anual pago.
Lembrando que se você tiver dependentes, a declaração deverá ser feita de forma separada. Você só deve declarar os valores se você for o titular e a pessoa que faz o pagamento das mensalidades do plano.
Se o plano utilizado por você for da empresa em que você trabalha, é ela que deve fazer a declaração, e não você.
Previdência privada e Imposto de Renda
As contribuições da previdência PGBL devem ser declaradas na ficha “Pagamentos Efetuados”, sob o código 36. No caso do VGBL, a declaração deve realizada na ficha “Bens e Direitos”, sob o código 97. O saldo existente não precisa ser informado.
Seguro de Vida: o que precisa ser informado no IR
É necessário declarar apenas as indenizações recebidas na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, código 03 - intitulado de ‘Capital das Apólices de Seguro ou pecúlio pago por morte do segurador’ e ‘Pecúlio recebido de entidades de previdência privada decorrência de morte ou invalidez permanente’. Isso vale para coberturas por invalidez, doenças graves, internação ou diárias por incapacidade.
Seguro de Vida x Previdência Privada: diferenças na declaração do IR
Enquanto seguros de vida pagam indenizações isentas de IR, os planos de previdência complementar (como PGBL) permitem deduções de até 12% da renda tributável. Em contrapartida, a renda mensal paga por planos previdenciários é considerada rendimento tributável. Já os prêmios pagos em seguros não são dedutíveis nem exigem declaração.
Capitalização arrecada R$ 5,09 bilhões no 1º bimestre de 2025 e reforça seu papel na economia
- O mercado de Títulos de Capitalização começou 2025 mantendo o ritmo positivo de crescimento
- No primeiro bimestre, a arrecadação do setor chegou a R$ 5,09 bilhões, o que representa um aumento de 6% em relação ao mesmo período de 2024, segundo a Susep, com análise da FenaCap
Capitalização: ferramenta financeira cada vez mais conhecida
Para o diretor-executivo da FenaCap, o bom desempenho da Capitalização reforça seu valor estratégico como instrumento de formação de reserva financeira, fidelização de clientes e até substituição do fiador em contratos.
“A Capitalização traz soluções para qualquer segmento da economia, com segurança e transparência. Os títulos combinam disciplina financeira com a possibilidade de premiações” - Natanael Castro, diretor-executivo da FenaCap
Modalidades da Capitalização em destaque no bimestre
Tradicional
- R$ 3,8 bilhões arrecadados
- Alta de 7% em comparação com 2024
- Usado como reserva e pela chance de ganhar prêmios
Sorteios
- R$ 340 milhões pagos à sociedade
- Crescimento de 10,1% sobre o mesmo período anterior
Filantropia Premiável
- R$ 652 milhões em arrecadação
- R$ 382 milhões repassados a instituições sociais
- Alta de 6,4% no valor destinado a entidades
Instrumento de Garantia
- R$ 612 milhões em arrecadação
- Alternativa ao fiador em aluguéis e contratos de serviços
Impacto direto da Capitalização na economia e nas famílias brasileiras
Além de estimular o consumo, os R$ 4 bilhões resgatados nos dois primeiros meses de 2025 retornaram diretamente à economia, funcionando como reforço orçamentário para famílias e empresas. Com normas claras e regulação da Susep, os produtos de Capitalização vêm conquistando a confiança de pessoas físicas e jurídicas em busca de previsibilidade, proteção e retorno social.
Quando a informática encontrou o seguro: os primeiros passos da transformação digital no setor
Em 1990, o presidente da Federação Nacional de Seguros Privados e Capitalização, em uma matéria para a Revista de Seguros, destacou a importância da formação de especialistas e técnicos de seguros em informática:
“De nada adianta uma empresa promover sua total modernização, adquirindo equipamentos, incorporando tecnologia ou desenvolvendo mecanismos de "soft" ou "hard", sem que o seu pessoal acompanhe este desenvolvimento e não apenas aqueles profissionais credenciados para o exercício da função” - Rubens dos Santos Dias, presidente da Federação Nacional de Seguros Privados e Capitalização
Rubens já compreendia, naquela época, o papel fundamental da inovação no mercado segurador. Com isso, ajudou a construir um cenário que previa a integração entre produtividade e tecnologia. Mas será que ele imaginava à proporção que isso tomaria?
A necessidade de seguir a inovação e evolução no mercado segurador
O governo da época já dava sinais claros de abertura econômica, forçando o empresário a pensar de forma mais competitiva para garantir espaço no mercado. Nesse contexto, a informática ganhou destaque também no setor de seguros, que passou a usar computadores para manter as operações funcionando, mesmo à distância.
Entre as inovações tecnológicas, uma exigência permanece: a especialização dos profissionais. Desde 1990, esta postura é tão estratégica quanto os investimentos em ferramentas tecnológicas.
A inteligência artificial no mercado segurador
Mesmo naquela época, o setor já vislumbrava grandes avanços tecnológicos. Rubens afirmava:
“Baseados em experiências anteriores e no conhecimento acumulado, sistemas especializados poderão sugerir a tomada de decisão diante de determinados problemas, a partir de um simples comando vocal”
Hoje, essa previsão se concretizou. A inteligência artificial está revolucionando o mercado segurador, com inovações em áreas como personalização de produtos, gestão de riscos, prevenção de fraudes e automação de processos. Ela também agiliza o atendimento e identifica comportamentos suspeitos com muito mais precisão.
Na década de 1990, imaginava-se que nos primeiros anos dos anos 2000 cada família de classe média teria ao menos um computador em casa. Atualmente, o Brasil já ultrapassa a marca de um celular por pessoa, segundo a 35ª Pesquisa Anual do FGVcia. Isso mostra que a inovação não só transformou o mercado segurador, como também impactou profundamente seus consumidores.
O que se espera para o futuro do mercado segurador?
O mercado segurador brasileiro caminha para uma era ainda mais tecnológica. Ferramentas como inteligência artificial, big data e blockchain vêm se consolidando, impulsionando a eficiência e a personalização no atendimento ao cliente.
Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o setor está em plena expansão, com previsão de crescer mais de 10% em 2025. A expectativa é que o seguro represente 6,4% do PIB até o fim do ano.
Se em 1990 a tecnologia era uma promessa, hoje ela é o motor que impulsiona o seguro para o futuro.
Fonte: CNseg, em 15.05.2025