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CNseg – Notícias do Seguro, em 06.06.2025

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A semana no ‘Notícias do Seguro’: do Fórum França-Brasil em Paris à Festa Junina de Campina Grande

  • Nesta edição, o A semana no Notícias do Seguro reforça a importância do seguro como ferramenta de proteção diante das mudanças climáticas, destaca os bastidores da política em Brasília e traz curiosidades sobre as festas juninas e o mercado segurador

Seguro como ferramenta de proteção em tempos de crise climática

  • Durante a Conseguro 2025, especialistas reforçaram a necessidade de consolidar o seguro como instrumento essencial de proteção social, econômica e ambiental

“A crise climática vai piorar e as incertezas e os riscos também. A boa notícia é que os seguros, vocês têm o conhecimento que hoje em dia é o mais priorizado por todos que é a gestão de risco” - Ana Toni, diretora executiva da COP30

  • A COP30 será realizada no Brasil, e o setor segurador já colabora com a elaboração de 16 planos setoriais para o evento
  • Cristina Reis, do Ministério da Fazenda, destacou o papel do seguro na adaptação climática:

“Os seguros precisam participar justamente dessas iniciativas de legislação, de regulamentação, como o Plano Nacional de Adaptação, como oferecer produtos para a resiliência, os dados sobre análise de risco e calcular o custo da inação”

  • O deputado federal Fernando Monteiro também ressaltou:

“A seca não se combate, se convive. É é isso que o movimento climático é, conviver com ele. Essa é a reflexão. E por que nós estamos aqui hoje falando de seguro? Porque o seguro é fundamental, uma ferramenta fundamental para isso, fundamental para ajudar o poder público a conviver com isso”

IOF em debate: busca por equilíbrio entre arrecadação e previdência

  • O aumento do IOF ainda movimenta os bastidores políticos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o Congresso, sinalizando ajustes, mas sem anunciar data
  • Sobre o tema, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, se manifestou, alertando que a tributação anunciada contraria o esforço que o setor segurador vem fazendo há décadas para fomentar a cultura do planejamento previdenciário. Ele destacou ainda o esforço do ministro em dialogar com os diversos atores do mercado, e se diz confiante de que será possível construir, em conjunto, uma alternativa equilibrada que preserve a arrecadação, e que também respeite a lógica econômica dos produtos de previdência e o papel estratégico do seguro na estruturação financeira de longo prazo das famílias brasileiras

Você sabia? Seguro para Eventos também protege as Festas Juninas

As festas juninas movimentam o turismo e a economia, e também contam com o apoio do Seguro para Eventos, com cobertura para:

  • Cancelamentos por mau tempo
  • Danos à estrutura alugada
  • Responsabilidade civil
  • Problemas de saúde de participantes

Em 2024, quase 22 milhões de pessoas participaram das festas juninas em todo o Brasil

Fórum França-Brasil discute inovação, IA e mudanças climáticas

  • A cidade de Paris foi palco do Fórum de Seguros França-Brasil, promovido pela CNseg e pela France Assureurs

Sob o tema “Vamos garantir o futuro juntos”, o evento reuniu especialistas para debater:

  • Inteligência artificial
  • Segurança cibernética
  • Fraudes
  • Transição climática
  • Open Insurance
  • Investimentos globais

O presidente da CNseg lembrou que, em 29 edições da COP, o setor segurador foi pouco mencionado - mas isso deve mudar:

“A COP30 é a oportunidade que o setor de seguros do mundo inteiro terá de demonstrar o seu papel, a sua relevância dentro do tema das mudanças climáticas. Esta é a trigésima COP. Nas últimas 29 COP não há uma palavra a respeito do papel do setor de seguros relativamente às mudanças climáticas. Nós precisamos nos unir enquanto entidade, enquanto participantes do mercado de seguros para que se abra essa janela de oportunidades” - Dyogo Oliveira

Tá na rede: São João movimenta economia e turismo, e o seguro acompanha!

A festa de São João de Campina Grande, considerada o maior do mundo, deve receber mais de 3 milhões de pessoas em 38 dias de festa

Para curtir com segurança:

  • Verifique se seu plano de saúde tem cobertura nacional
  • Contrate um Seguro Viagem, que pode incluir despesas médicas, extravio de bagagens e cancelamento

Direto do Fórum de Seguros França-Brasil, em Paris: seguro é fundamental para destravar investimentos em infraestrutura, apontam especialistas

  • A integração do setor segurador às políticas de desenvolvimento de infraestrutura pode transformar o cenário de obras públicas e privadas no Brasil e no mundo
  • No painel “Seguros e Investimento em Infraestrutura”, realizado durante o Fórum de Seguros França-Brasil, especialistas dos dois países reforçaram que o seguro é peça-chave para garantir previsibilidade, atrair capital privado e ampliar parcerias público-privadas (PPPs)

Seguro como alavanca de capital e confiança

Para Philippe Taffin, chefe do departamento de Economia e Finanças da France Assureurs, o setor segurador tem papel duplo: mitigar riscos e mobilizar investimentos privados. “O seguro é tanto uma garantia operacional quanto um instrumento para viabilizar projetos economicamente”, afirmou.

No Brasil, nova Lei de Licitações impulsiona setor

Leonardo Deeke Boguszewski, presidente do Conselho de Administração da Junto Seguros, vê o Brasil em um momento favorável à participação das seguradoras. “As exigências de garantias contratuais abriram espaço para atuação desde a análise de riscos até a execução das obras. Estamos mais preparados do que nunca”, explicou.

Leonardo Deeke Boguszewski, presidente do Conselho de Administração da Junto Seguros, faz um balanço do Fórum de Seguros França-Brasil

Segurança jurídica: base para destravar obras

O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, destacou que, sem segurança jurídica, o investimento perde fôlego:

“O setor segurador precisa de risco, mas não da imprevisibilidade institucional. Contratos precisam ser respeitados para que o sistema funcione”

Visão dos investidores institucionais

Davide Negri, gerente sênior de investimentos do BNP Paribas Cardif, explicou por que o setor de infraestrutura é atrativo para seguradoras:

“Projetos com retorno vinculado à inflação oferecem proteção de longo prazo. São ativos com diversificação, resiliência e previsibilidade de fluxo de caixa”

Experiência francesa: mobilização da poupança individual

Os participantes franceses trouxeram à mesa exemplos de como a poupança da população pode ser canalizada para o financiamento de infraestrutura resiliente. O Brasil, segundo os especialistas, pode seguir esse caminho, aproveitando sua robusta carteira de projetos em áreas como transporte, energia e mobilidade urbana.

Cooperação internacional fortalece papel do seguro no desenvolvimento

O Fórum França-Brasil de Seguros, promovido pela CNseg em parceria com a France Assureurs, reforça a importância do mercado segurador como pilar de desenvolvimento nacional e internacional. A proposta é integrar o setor a projetos estratégicos, como os voltados à resiliência climática e à inclusão econômica, promovendo inovação responsável e cooperação bilateral sustentável.

O Fórum de Seguros França-Brasil contou com o patrocínio de EZZE e Guy Carpenter


Direto do Fórum de Seguros França-Brasil, em Paris: Open Insurance exige cautela e diálogo

O painel “Open Insurance: Desafios e Oportunidades para o Brasil e para a França”, realizado durante o Fórum de Seguros França-Brasil sobre Clima, Inovação e Investimentos, reforçou uma mensagem clara: a inovação digital no setor de seguros deve caminhar junto com cautela, escuta ativa e realismo regulatório

Panorama brasileiro: avanços, mas com limitações

Roberto Santos, presidente do Conselho Diretor da CNseg e moderador do painel, iniciou os debates com um alerta. Embora o Brasil seja frequentemente citado como referência, o executivo ponderou que os dados dos consumidores ainda não são efetivamente compartilhados. “Já cumprimos a fase um e dois, mas estamos no meio de uma jornada cheia de riscos”, destacou.

Alexandre Leal, diretor técnico da CNseg, criticou a falta de escuta aos consumidores e a ausência dos corretores de seguros no processo de construção do Open Insurance no Brasil: “Eles são os principais responsáveis pela distribuição no país e foram simplesmente excluídos do debate. Isso compromete o projeto”.

Leal também alertou sobre a complexidade excessiva: “Mais de 150 ramos de seguros foram incluídos desde o início. Isso dificulta a compreensão e a implementação até mesmo pelas seguradoras”.

Visão francesa: evitar pressões e agir com estratégia

Jérôme Balmes, diretor de dados e inovação da France Assureurs, elogiou a cooperação bilateral, mas criticou a pressão regulatória europeia para acelerar o Open Insurance e o Open Finance. Ele citou a proposta da Comissão Europeia que previa uma abertura total dos dados financeiros em apenas 18 meses.

“Nenhuma empresa sensata abre todos os seus dados de uma vez. Precisamos de uma abordagem gradual, baseada em test and learn, especialmente com um bem tão valioso quanto os dados dos cidadãos”, defendeu.

Balmes reforçou que inovação sem prudência pode comprometer confiança, segurança e equilíbrio competitivo.

Diferenças entre os mercados: bancário x segurador

Segundo Santos, aplicar diretamente o modelo do Open Banking ao setor de seguros foi um erro conceitual:

“No banco, o cliente abre uma conta e permanece. No seguro, ele troca de empresa com facilidade se não for bem atendido. O mercado de seguros já é, por essência, competitivo. Por que criar estruturas caras e pouco funcionais?”

Cooperação internacional para inovação com responsabilidade

O Fórum França-Brasil de Seguros, promovido pela CNseg em parceria com a France Assureurs, simboliza um novo ciclo na internacionalização do mercado segurador brasileiro. Além do Open Insurance, o evento debateu soluções para a resiliência climática, a inclusão econômica e a adoção ética da Inteligência Artificial no setor.

O Fórum de Seguros França-Brasil contou com o patrocínio de EZZE e Guy Carpenter

Fonte: CNseg, em 06.06.2025