Por Pablo Riveroll (*)
Tem sido um ano desafiador para o Brasil. Além da pandemia, do ponto de vista dos investimentos, a queda acentuada do real agravou a fraqueza do mercado de ações. Mas, em meio a volatilidades e incertezas, a economia brasileira está mudando, e estamos vendo uma nova onda de empresas remodelando o ambiente de negócios.
Primeiramente, vale lembrar que o Brasil é a nona maior economia do mundo, com uma população de mais de 210 milhões de pessoas e uma média de idade de 33 anos. O tamanho do mercado é, portanto, significativo, enquanto a propensão para adotar novas tecnologias e abraçar a digitalização é alta.
Nova economia vs velha economia – Investir no Brasil hoje é muito mais do que os setores financeiro e de commodities da velha economia, que dominam o índice e as percepções dos investidores estrangeiros sobre o país. Os setores de matéria-prima e energia estão expostos a fatores macroeconômicos globais e enfrentam desafios ESG (ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês) importantes, enquanto o desempenho dos bancos está intimamente ligado à economia doméstica brasileira e eles não estão imunes à disrupção.
Fonte: Abrapp em Foco, em 23.09.2020