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Anbima - Certificação dos bankers deve avançar junto com educação continuada

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Apesar da chancela de distinção, a certificação CFP (Certified Financial Planner), concedida pela associação Planejar, não é suficiente para os bankers se diferenciarem no mercado: é necessário se reciclar sempre.

“A educação continuada está nas soft skills, ou seja, como os bankers podem ajudar na governança familiar, no comportamental, sendo sempre um contraponto do cliente ao questionar decisões familiares com olhar crítico. Essa é sua diferenciação aos demais players do mercado”, afirmou Jan Karsten, nosso diretor e presidente da Planejar em painel do 7º Seminário de Private, que acontece nesta quarta-feira, dia 11, em São Paulo.

Para Juliana Laham, do Bradesco, a certificação CFP passa a ser o mínimo requerido. A chegada das novas tecnologias libera tempo para os bankers de rotinas operacionais, permitindo desempenharem a essência do trabalho: sentar com o cliente e ter uma visão holística sobre ele.“Cabe a nós continuar sendo essenciais neste relacionamento, transformando informação em conhecimento, conhecendo o cliente não só na geração atual, mas nas seguintes”, afirmou Marcos Tadeu Vaitkevicius, do Safra.

A elevação da barra do conhecimento dos bankers foi uma das discussões – atualmente a atualização da certificação é feita por um programa de educação continuada contabilizado por pontos. “Se queremos uma atualização só para manter a certificação e bater a meta, não estamos ajudando nós mesmos, nem a instituição, nem a classe. Como nos interessamos mais? Incluindo outros temas e diferenciando o banker atual do banker do futuro, que está um nível acima na prestação de serviço e nas soluções entregues”, afirmou Eduardo Hazarabedian, do Itaú Unibanco. Para Silvia Pannuti, do Santander, seria interessante focar em temas que se apliquem diretamente a estes profissionais, enquanto Ismael Santos, do Banco do Brasil, reforçou a necessidade de agregar valor à certificação por meio da educação continuada.

Raio X do CFP

Presente em 26 países e com 181 mil profissionais, a certificação tem evoluído e cresceu 17% na comparação de 2018 com 2017.

Por aqui, estamos em 8º lugar no ranking, com 4 mil profissionais. O Brasil apresenta uma peculiaridade: é o país com o menor índice de aprovação na prova (21%). Na sequência, aparece Hong Kong com 34%.

São quatro os públicos da certificação: private bankers, profissionais do segmento de alta renda, consultores de valores mobiliários ou independente e agentes autônomos. “Procuramos produzir mais e mais conteúdo específico para cada um destes agentes. E o private puxa a régua de todos os públicos para cima”, falou Karsten.

Fonte: Anbima, em 11.09.2019