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Abrapp desenvolve projetos em cooperação com Confederação da Agricultura e Pecuária

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Desde o final do ano passado, a Abrapp tem realizado uma série de encontros com representantes da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) com o objetivo de desenvolver projetos de interesse comum. Em uma das frentes, a CNA tem buscado informações para estruturar produtos financeiros que possam servir de alternativa de investimentos de longo prazo para as entidades fechadas (EFPC). Em outra frente, a Abrapp tem apresentado a alternativa de criação de um plano de Previdência Complementar para os associados e colaboradores da confederação.

Os dois primeiros encontros ocorreram com a participação do Diretor Presidente da Abrapp, Luís Ricardo Marcondes Martins, e dirigentes e assessores da CNA, nos meses de dezembro do ano passado e março de 2019. A partir daí, as duas entidades têm realizado outras reuniões e encontros para avançar no desenvolvimento de projetos. “Queremos fortalecer os laços de parceria com o setor de agropecuária através dos projetos com a CNA. Estamos buscando alternativas de investimentos que possam aperfeiçoar opções de longo prazo para as entidades fechadas”, disse Luís Ricardo.

Fruto das conversas iniciais, a CNA participou da última reunião realizada pelo colégio de coordenadores da Comissão Técnica de Investimentos da Abrapp, realizada na última quinta, 13 de junho, em São Paulo. A assessora técnica da CNA, Fernanda Schwantes, participou do encontro e trouxe com ela, dois representantes do Ministério da Agricultura, Sávio Rafael Pereira e José Ângelo Mazzillo Jr, ambos da Secretaria de Política Agrícola, e Carlos Roberto de Carvalho Jr, do Ministério da Economia.

“Os representantes da CNA e do governo vieram levantar informações para incentivar a estruturação de investimentos para financiar o setor de agricultura e pecuária. A persistir o cenário de juros baixos, é importante contarmos com alternativas de investimentos na economia real”, explica Guilherme Velloso Leão, Diretor Executivo da Abrapp responsável pela Comissão Técnica de Investimentos. O dirigente esclarece que já existem instrumentos de captação de recursos, como por exemplo, os fundos de participações (FIPs), debêntures ou Certificados de Recebíveis Agrícolas (CRAs).

O dirigente alerta, porém, para a necessidade de estruturação de produtos financeiros adequados aos níveis de risco, prazos e retornos para as demandas das entidades fechadas. Por isso, a proposta aprovada na reunião foi a de criar um Grupo de Trabalho com representantes das duas entidades e do governo para estudar os melhores formatos para incentivar a participação das fundações.

Opções - Entre as oportunidades que podem atrair a atenção das EFPCs estão projetos para suprir a grande deficiência da infraestrutura de armazenagem no agronegócio brasileiro, que exige captação de recursos expressiva. No que diz respeito ao seguro agrícola, também há um gap importante. A área coberta pelo seguro agrícola corresponde a menos de 12% da área utilizada pela agricultura no Brasil, percentual que nos EUA atinge 90%.

“Tanto o CRA quanto outros instrumentos que permitem a securitização têm características que atendem às necessidades das carteiras das entidades”, acredita Fernanda Schwantes, da CNA. Mas ela reconhece que ainda há uma longa discussão a ser mantida sobre a adequação dos produtos financeiros do agronegócio às entidades fechadas (leia mais na edição maio/junho 2019 da Revista da Previdência Complementar Fechada).

Plano Instituído - Além do estímulo aos investimentos, a CNA também demonstrou interesse em oferecer um plano de Previdência Complementar para seus associados e empresas do setor. Uma das opções apresentada pela Abrapp é o Fundo Setorial, com a possibilidade de adesão para colaboradores e familiares das empresas do agronegócio. “Existe uma perspectiva muito positiva de criação de um fundo setorial de Previdência Complementar para os pecuaristas, agricultores, funcionários e seus familiares. É um setor muito importante para a economia e estamos oferecendo todo apoio técnico necessário”, diz Lucas Nóbrega, Diretor da Abrapp.

O dirigente participou de encontro com representantes da CNA em Brasília no último dia 3 de junho, com a participação de Cláudia Janesko, Executiva da Conecta Soluções Associativas. O setor do agronegócio no Brasil emprega 18,2 milhões de trabalhadores, segundo dados da CNA do final de 2018. Contando apenas os sindicatos e empresas associadas da confederação, há mais de 1 milhão de fazendeiros e funcionários com potencial de adesão a um plano de previdência.

Fonte: Acontece Abrapp, em 19.06.2019.