Por Washington Castilhos
“Uma vez, meu marido passou mal e sentiu muita dor. Não temos posto de saúde na cidade, só um agente. Foi a teleconsulta que o salvou”, conta Luciana Vargas de Almeida, de 49 anos, moradora da Tabuleta, comunidade ribeirinha localizada às margens do rio Madeira, a 200 km de Humaitá, cidade no sul do Amazonas.
“Fizemos uma consulta por vídeo com o Dr. Luís Marcelo, que nos disse que [a causa do mal-estar] era pedra nos rins. Ele nos passou um remédio e recomendou que meu marido fosse para a cidade de Humaitá. Os médicos da cidade vêm de três em três meses à Tabuleta, às vezes demoram até mais. Não fosse a teleconsulta, meu marido não saberia o que tinha, e não teria expelido as pedras.”
O termo "telemedicina" foi associado pela primeira vez ao atendimento remoto em 1999, na Declaração de Tel Aviv. Embora práticas de telemedicina já existissem antes, a comunicação mediada por tecnologia acontecia apenas entre médicos — não diretamente com os pacientes — e a legislação brasileira não permitia consultas remotas até pouco tempo atrás.
Fonte: Medscape, em 08.05.2025