Vigitel 2016: Estudo avalia beneficiários de planos de saúde

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O número de indivíduos com excesso de peso e obesidade entre os beneficiários de planos de saúde continua crescente e alarmante, é o que aponta um amplo estudo realizado pelo Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). De acordo com a pesquisa Vigitel Brasil 2016 - Saúde Suplementar, a proporção de beneficiários adultos de planos de saúde com excesso de peso vem aumentando desde 2008, quando foi realizado o primeiro levantamento, passando de 46,5% para 53,7%. O mesmo ocorre com a proporção de obesos, que aumentou de 12,5% para 17,7%. Acompanhando a evolução desfavorável, a frequência de beneficiários com diagnóstico médico de diabetes aumentou em média 0,2% ao ano no período entre 2008 e 2016.

Mas a pesquisa também traz boas notícias na variação entre 2008 e 2016: a proporção de fumantes caiu de 12,4% para 7,3%; a de indivíduos fisicamente inativos reduziu de 19,2% para 14,2%; e o consumo de frutas e hortaliças aumentou de 27% para 30,5%.

Pela primeira vez, acompanhando o comportamento da sociedade, o Vigitel incluiu indicadores relacionados ao tempo livre gasto diante de telas de computador, tablet e celular. Considerando o conjunto da população adulta estudada, a frequência do hábito de utilizar tais equipamentos por três ou mais horas diárias foi de 19,5%.

 “O monitoramento dos principais determinantes das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) é uma importante ferramenta para a avaliação de políticas em saúde. Os indicadores do Vigitel da Saúde Suplementar devem ser usados na reflexão de operadoras de planos de saúde, prestadores de serviços e beneficiários, contribuindo para a formulação de modelos de cuidado que envolvam a promoção da saúde e a prevenção de doenças, em prol da qualidade de vida desta parcela da população”, afirma Karla Coelho, diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS.

A Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) é realizada desde 2006 pelo Ministério da Saúde. Inicialmente, a pesquisa não discriminava os usuários de planos de saúde. A partir de 2008, em parceria com a ANS, o estudo foi ampliado e passou a avaliar dados de beneficiários da saúde suplementar.

O Vigitel da Saúde Suplementar 2016 foi feito com base em 53.210 entrevistas por telefone, sendo 20.258 homens e 32.952 mulheres, em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, entre os meses de fevereiro e dezembro de 2016. O inquérito tem por objetivo monitorar, através de pesquisa realizada por telefone, a frequência e a distribuição dos principais determinantes das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). A atual publicação dá seguimento às quatro edições anteriores, publicadas em 2009, 2012, 2015 e 2016.

CONFIRA A PUBLICAÇÃO

Veja a seguir os principais resultados do Vigitel da Saúde Suplementar 2016

Fumantes
A frequência de adultos que fumam variou entre 3,2% em São Luís e 11,2% em Curitiba. As maiores frequências de fumantes foram encontradas, entre homens, em Curitiba (14,2%), Campo Grande (12,7%) e Belo Horizonte (11,5%), e, entre mulheres, em Porto Alegre (10,6%), Curitiba (8,8%) e São Paulo (7,5%). As menores frequências de fumantes no sexo masculino ocorreram em Maceió (4,7%), Manaus (5,3%) e São Luís (5,3%) e, no sexo feminino, em São Luís (1,2%), Natal (1,6%) e Manaus (1,9%).

No conjunto das 27 cidades, a frequência de adultos fumantes foi de 7,3% (contra 12,4% em 2008), sendo maior no sexo masculino (9,0%) do que no feminino (6,0%).

Excesso de peso
A frequência de adultos com excesso de peso variou entre 47,4% em Goiânia e 59,7% em Rio Branco. As maiores frequências de excesso de peso foram observadas, no caso de homens, em Rio Branco (68,9%), Belém (67,8%) e Porto Alegre (66,1%) e, para as mulheres, em Aracaju (53,3%), Rio Branco (53,2%) e Macapá (52,9%). As menores frequências de excesso de peso ocorreram, entre os homens, em Goiânia (53,7%), Vitória (55,6%) e Distrito Federal (56,4%) e, entre as mulheres, em Palmas (39,7%), Florianópolis (40,2%) e Teresina (40,8%).

No conjunto das 27 cidades, a frequência de excesso de peso foi de 53,7% (contra 46,5% em 2008), sendo maior entre os homens (61,3%) do que entre as mulheres (47,7%). A frequência dessa condição foi menor entre o grupo mais jovem (18 a 24 anos), com 27,0%. Entre as mulheres, a frequência de excesso de peso diminuiu com o aumento do nível de escolaridade.

O Vigitel utiliza o seguinte critério para diagnóstico do excesso de peso: Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 25 kg/m2, obtido pela divisão do peso pela altura ao quadrado. O critério é utilizado a partir das informações sobre peso e altura fornecidas pelos entrevistados.

Obesidade
A frequência de adultos obesos variou entre 11,7% em Florianópolis e 22,3% em Manaus. As maiores frequências de obesidade foram observadas, no caso de homens, em Macapá (25,8%), Belém (25,3%) e Rio Branco (23,6%) e, no caso de mulheres, em Manaus (21,9%), São Paulo (19,6%) e Aracaju (18,5%). As menores frequências de obesidade ocorreram, entre homens, em Florianópolis (12,2%), Vitória (13,1%) e Palmas (14,2%) e, entre mulheres, em Curitiba (10,9%), Florianópolis (11,3%) e Teresina (11,7%).

No conjunto das 27 cidades, a frequência de adultos obesos foi de 17,7% (contra 12,5% em 2008). Entre os homens, a frequência da obesidade foi menor na faixa etária de 18 a 24 anos (6,2%), e mais que triplicou no grupo seguinte de 25 a 34 anos (19,0%). A prevalência de obesidade entre as mulheres foi menor entre aquelas com 12 ou maiores anos de escolaridade.

O Vigitel utiliza o seguinte critério para diagnóstico da obesidade: Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 30 kg/m2, obtido pela divisão do peso pela altura ao quadrado. O critério é utilizado a partir das informações sobre peso e altura fornecidas pelos entrevistados.

Leia aqui a matéria na íntegra.

Fonte: ANS, em 13.01.2018.