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Vídeo: Luís Ricardo destaca profissionalismo e blindagem do sistema como diferenciais para recuperação em 2020

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Por Bruna Chieco 

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Em entrevista ao programa Tamer 360, o Diretor Presidente da Abrapp, Luís Ricardo Martins, falou sobre a recuperação do sistema em 2020, que reverteu um déficit de cerca de R$ 60 bilhões, encerrando o ano com superávit de quase R$ 8 bilhões. “O sistema vive um momento ímpar, um momento de conquistas, em crescimento, em evolução”, disse na entrevista, reiterando a crise do ano passado foi superada com resiliência e solidez, e a reversão do déficit foi uma decorrência do profissionalismo e da blindagem do segmento.

Segundo ele, o perfil de longo prazo também foi um diferencial para esse resultado. “Quando você tem grandes estrategistas que notam que nesse sistema você pode trabalhar as políticas de investimento dentro desse longo prazo, isso ajuda muito”, reforçou.

Luís Ricardo destacou o protagonismo e a importância do sistema, e seu amadurecimento em um ambiente de evolução. “Tudo isso traz esses números surpreendentes dessa recuperação fantástica”.

Fomento – Diante da estagnação dos planos patrocinados, a Abrapp implantou, há 2 anos, os Planos Família, que hoje totalizam 36 planos que abrigam mais de 24 mil participantes, somando R$ 350 milhões de reservas constituídas.

“Notamos um fomento imediato”, disse, reiterando que os planos instituídos também são um viés de crescimento para o sistema de previdência complementar, e por isso o próximo projeto que a Abrapp é a implantação é do plano instituído corporativo. “A própria entidade pode ser a instituidora de um plano a ser oferecido para sua corporação, para aquele grupo empresarial que protege”, explica.

Os planos de servidores públicos completam esse pilar de fomento do segmento, com a Emenda Constitucional nº 103 determinando que até novembro deste ano os entes federativos que possuem RPPS constituam seu regime de previdência complementar, proporcionando uma expansão do segmento, que também amplia a concorrência com as entidades abertas de previdência.

Para que essa concorrência seja justa, Luís Ricardo lembrou que um projeto de lei que visa harmonização de regras entre entidades abertas e fechadas está sendo discutido, com atuação ativa da Abrapp na sugestão de propostas que visam dar maior isonomia aos segmentos.

Blindagem – Luís Ricardo destacou mais uma vez o profissionalismo e blindagem do sistema a partir da Autorregulação, certificação e habilitação, destacando que o próximo Código de Autorregulação que a Abrapp lançará envolve certificação e capacitação.

“Dentro desse cenário de investir muito em capacitação, com a UniAbrapp fazendo um trabalho brilhante no sentido de disseminar o conhecimento, e o ICSS de certificar os dirigentes – são mais de 28 mil dirigentes hoje certificados –, tudo isso resume-se em profissionalização”, diz, reforçando que não tem espaço para amador no sistema.

Segundo ele, o segmento de previdência complementar fechada também está blindado de interferências políticas a partir de medidas como estatuto e regimento interno das EFPC, estrutura de governança, regulamentação do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), supervisão da Previc, etc. “Esse conjunto de medidas faz com que as entidades estejam blindadas”, reforçou.

Luís Ricardo parabenizou todo o sistema, seus dirigentes e colaboradores por esse profissionalismo e pela recuperação ao final de 2020, destacando que o desafio atual do segmento é buscar diversificação e maior risco, destacando o trabalho que está sendo feito para revitalizar os Fundos de Investimento de Participações (FIPs) como veículos de investimentos das EFPC.

Assista à entrevista na íntegra

Fonte: Abrapp em Foco, em 04.06.2021