Um carnaval e tanto

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Por Antonio Penteado Mendonça

Antonio-Penteado-MendoncaJoão e Maria são um casal moderno, que curte a vida como a vida é e por isso decidiram que era hora de fugir da bagunça, deixar o carnaval na praia de lado e buscar o refúgio de uma montanha para descansar nos quatro dias do Rei Momo.

Dito e feito. Maria não deixa para depois o que pode fazer agora. Com seu celular e o auxílio de aplicativos específicos descobriu várias alternativas, com hotéis e pousadas esperando por eles de braços abertos. Discute daqui, levanta pontos a favor e contra dali, ela e João escolheram uma montanha com o perfil que procuravam: calma, sólida, pesada, com tradição de roça, comida caseira, doces em calda, queijo fresco, requeijão, ovos de galinha caipira, enfim, o paraíso que tinham imaginado.

Mais da metade do caminho em estrada boa, privatizada, com asfalto decente, sinalização e pedágio, mas que vale a pena pagar pela segurança da viagem. O resto em estradas menores, mas asfaltadas e depois, nos últimos quilômetros, o trecho era de terra.

João tem um SUV quatro por quatro, então o caminho não apresentava nenhuma preocupação maior. Fizeram as malas, colocaram no carro, abasteceram e partiram rumo a quatro dias de descanso, físico e mental.

Preocupados com o trânsito no Carnaval, entraram na estrada bem cedo, quando a maioria das pessoas ainda está dormindo. Trafegaram mais ou menos cinquenta quilômetros e pam!, furou o pneu. Poderiam chamar a assistência do seguro, mas João preferiu ele mesmo trocar a roda. Em seguida, pararam num posto com borracheiro para tapar o furo.

Já na estrada de terra, o carro derrapou um pouco e caiu num buraco fundo. A pancada seca e o estalo deixaram claro que algo havia se soltado. O jeito foi chamar o guincho do seguro e ser rebocado até uma cidade próxima, onde deixaram o carro numa oficina credenciada para arrumar a suspensão.

Como estavam próximos da pousada, contrataram um taxi para levá-los até ela. Instalados no chalé com lareira, esqueceram da vida e se entregaram ao prazer indescritível de deixar o tempo rolar, sem outra preocupação além de não ter preocupação.

Caminharam pela região, deixando a paisagem de sonho encher os olhos. No segundo dia, descobriram uma cachoeira e decidiram entrar debaixo dela e sentir a água cair gelada no corpo arrepiado.

Só que João escorregou nas pedras molhadas, perdeu o equilíbrio e caiu de uma altura razoável. O resultado foi uma perna quebrada, a batida na cabeça e escoriações pelo corpo. Maria deixou João precariamente ajeitado e foi buscar ajuda na pousada. Experientes, os funcionários da pousada tinham os equipamentos necessários para retirar João e levá-lo para o hospital em segurança, mas numa viagem desconfortável.

Pra que isso? Maria sacou do seu celular, telefonou para o seguro saúde do casal, contou o que tinha acontecido e pediu como proceder. A atendente solicitou o endereço da pousada, pediu que Maria aguardasse na linha e em poucos minutos informou que um helicóptero estava decolando para transportar João para um hospital equipado para atender vítimas de acidentes mais sérios.

Entre secos e molhados, o carnaval do casal ficou longe do que haviam imaginado. O carro quebrou, João se feriu, mas, graças ao seguro do veículo e do plano de saúde privado, o que poderia ter acabado de forma ainda mais trágica teve os danos minimizados, tanto pelo atendimento rápido e eficiente, como pelos custos terem sido assumidos pelas seguradoras.

A diferença entre ter e não ter seguro está exatamente aí: acidentes acontecem e atingem carros e pessoas indistintamente. Quem não tem seguro, além dos custos do acidente, ainda por cima tem que se virar sozinho para sair da encrenca. Já pessoas prevenidas, como João e Maria, passam pelos dissabores dos acidentes, mas têm para auxiliá-los socorro rápido e profissional, além de deixarem a conta com sua seguradora.

Fonte: SindSegSP, em 21.02.2020