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Seguros – É hora de estudar

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Por Antonio Penteado Mendonça

Antonio-Penteado-MendoncaA pandemia é dramática. Tem lados negros, milhares de mortos, famílias destruídas, empresas fechadas, desemprego e o mais de feio e de ruim que se possa imaginar. O quadro não é brasileiro. O mundo atravessa um momento único, quem sabe o mais complexo desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Mas, como tudo na vida, a pandemia e seus efeitos têm mais de um lado, que podem ser colocados como a piada em que o copo de vinho pela metade é visto como no final pelo pessimista e como a chance de abrir outra garrafa pelo otimista.

Uma de suas consequências mais revolucionárias é o home office imposto pela necessidade do isolamento social, adotado por milhares de empresas e milhões de pessoas, que, de repente, saíram de suas mesas nos escritórios para o confinamento dentro de casa.

Como confinamento não é férias, centenas de milhares de pessoas tiveram que adaptar suas casas para poderem trabalhar remotamente, acessando as empresas graças aos avanços da informática e à rápida adaptação das redes e dos programas para a nova realidade.

Tem gente que gostou, tem quem não gostou, mas o fato indiscutível é que o home office veio para ficar. Grandes empresas já declararam que vão aperfeiçoar o sistema para manterem parte significativa de seus quadros trabalhando remotamente. Outras, não tão grandes, estão fazendo isso sem alarde, como um avanço lógico, em função da adoção de uma nova forma de trabalho.

Algumas mudanças já podem ser vistas e até quantificadas. Caiu a taxa de ocupação de prédios e casas usados como escritórios. A redução das áreas ocupadas pelas empresas está reorganizando o preço dos imóveis e dos aluguéis. Projetos imobiliários estão sendo redesenhados para se adequarem à nova realidade. Casas com jardim fora dos grandes centros estão se valorizando. A malha urbana sofrerá transformações que ainda não podem ser corretamente dimensionadas, mas que transformarão significativamente a relação dos moradores com as cidades.

No campo das atividades humanas, as mudanças são ainda mais profundas e radicais. O home office barateia o custo das empresas e esta redução pode ser revertida em melhores condições de remuneração em curto espaço de tempo. Além disso, o ganho de produtividade, que era fator desconhecido e que amedrontava as empresas, se mostra real e ancorado em duas amarras sólidas. A melhora da qualidade de vida, pela possibilidade da proximidade com a família e pelo uso de ambiente conhecido e próximo. E o ganho de tempo, por não haver mais a necessidade de se perder horas preciosas na locomoção entre a residência e a empresa e vice-versa.

Mas há mais e este mais não tem preço. Em função do isolamento social, as formas de comunicação se expandiram e modificaram velhas práticas que colocavam o contato presencial como indispensável. As novas formas de comunicação surgidas nos últimos meses viraram o mundo de cabeça para baixo. Agora as reuniões são feitas através de computadores, tablets e celulares, sem prejuízo em relação ao que acontecia antes. Aliás, a possibilidade de se estar em qualquer lugar, mais uma vez, representa um ganho de tempo importante.

E o setor de seguros foi além. A quantidade de cursos, conferências, webinars, lives e reuniões virtuais explodiu e abriu um novo universo de desenvolvimento profissional para centenas de pessoas, que podem participar dos mais diversos programas de formação, treinamento e aperfeiçoamento, praticamente ao mesmo tempo em que trabalham.

O que antes exigia esforços extras e cansativos e era caro, com a democratização dos canais de comunicação a distância está acessível, em expansão e dando oportunidade para que profissionais de todas as áreas possam estudar e  ter acesso ao que há de mais relevante, colocado e discutido pelos mais qualificados professores, consultores e executivos.

Num país como o Brasil, onde a educação é falha e de má qualidade, um movimento como este não tem preço. É hora de todos os que querem incrementar suas carreiras aproveitarem o lado positivo da pandemia do coronavírus.  

Fonte: SindSegSP, em 31.07.2020