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Primeiro dia do evento discutiu temas como o mercado de energia no Brasil e as perspectivas para o resseguro no país

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O 4º Encontro de Resseguro do Rio de Janeiro reuniu, hoje, em Copacabana, cerca de 500 executivos dos mercados de seguros e resseguros, trazendo temas atuais e técnicos, que abordaram desde o cenário energético brasileiro e as expectativas econômicas do país, até os aspectos jurídicos da regulação de sinistros. Em pouco mais de sete anos, com o fim do monopólio do mercado de resseguros no Brasil, o país conta com 120 resseguradoras, entre locais, eventuais e admitidas, registrando uma receita de prêmios de R$ 9,1 bilhões no ano passado, volume quase três vezes maior que o registrado no período de abertura do mercado.

O presidente da Federação Nacional das Empresas de Resseguros (Fenaber), Paulo Pereira, ressaltou que há muita capacidade de capital para riscos do mercado brasileiro, que pode ser observada na forte concorrência que o setor vive desde a sua abertura. Para o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Marco Antonio Rossi, o mercado segurador está inserido em uma economia crescente. “Independentemente das dificuldades em que estamos vivendo neste momento, temos grande potencial de crescimento já atestado pelas maiores economias do mundo, como os Estados Unidos, que veem o Brasil, em 2030, como a sexta maior economia do mundo”, afirmou.

Já Danilo Silva, representante da Superintendência de Seguros Privados (Susep), destacou que a autarquia está debruçada na modernização das normas que regulam o resseguro e citou algumas medidas em curso, como a Circular 495, que estimula a entrada de novos competidores em risco de petróleo, bem como medidas para atualizar a aceitação de retrocessão pelas seguradoras. “Todas essas medidas visam dar condições do resseguro avançar em 2015, ano em que a previsão é de crescimento em ritmo menor”, disse ele, ressaltando que em 2014 os resseguradores locais registraram avanço de 163% no lucro líquido, se tornando mais solventes.

O diretor da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) e CEO da HDI, João Francisco da Costa, destacou que o mercado desenvolve vários cursos para a formação de técnicos, cada vez mais demandados nos dias de hoje, com riscos novos e cada vez mais complexos. Nesta mesma linha, o presidente da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar, concluiu que a Escola tem sido aliada na busca de promover a qualificação do setor.

Marcio Coriolano, presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), por sua vez, afirmou que o setor precisa do apoio do resseguro para poder lidar com eventos complexos e que necessitam de produtos específicos e que tragam inovações do ponto de vista de economia de custos, gestão e possibilidade das operadoras atuarem com novos produtos.

Amanhã, segundo dia do evento, a programação trará a plenária “Desafios e Oportunidades: a Atração da América Latina”, com o CEO da Swiss Re, Michel Liès; e uma tarde com discussões técnicas e aspectos jurídicos sobre a regulação de sinistros, transferência de risco através de mercado de capitais, resseguro paramétrico e seguro D&O.

Fonte: CNseg, em 14.04.2015