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Previ - Investimento responsável em foco

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Encontro de Sustentabilidade da Previ discute princípios ambientais, sociais, de governança corporativa e integridade nas decisões de investimentos

 imagem previ 06122018

Foi realizado no dia 30/11 o Encontro de Sustentabilidade da Previ, promovido em parceria com o PRI – Princípios Para o Investimento Responsável, para tratar sobre questões ambientais e sociais, governança corporativa, integridade e investimento responsável.

O encontro contou com a presença signatários brasileiros do PRI, diretores e executivos da Previ, gestores das áreas de investimentos, participações e planejamento da entidade, analistas do núcleo responsável pela elaboração das políticas de investimentos da Previ, multiplicadores de RSA, além de fornecedores e representantes da imprensa. Entre os convidados estavam o representante do PRI no Brasil, Marcelo Seraphim, o diretor de Gestão de Ativos da BB DTVM, Carlos André, e a head of Green Finance do Consulado Britânico, Maud Chalamet.

Na abertura do evento, o presidente da Previ, José Maurício Pereira Coelho, destacou a importância das práticas de ASGI (ambientais, sociais, governança corporativa e integridade) para a Entidade. “Como instituição centenária, a Previ incorporou em sua cultura a importância do investimento sustentável e a adoção de critérios de ASGI no seu dia a dia. Isso pode ser observado em nosso Planejamento Estratégico, nas nossas Políticas de Investimentos, nas análises de investimentos. Inclusive está presente na nossa missão de garantir o pagamento de benefícios a todos nós, associados, de forma eficiente, segura e sustentável”.

O diretor de Participações da Entidade, Renato Proença, apresentou o novo Código de Governança da Previ, que teve sua terceira edição lançada no Encontro Previ de Governança Corporativa, realizado em outubro. “Em 2004, nós criamos o primeiro Código de Governança Corporativa e sentimos a necessidade de revisitá-lo. O objetivo desse Código é compartilhar as iniciativas e os pensamentos com todas as empresas em que investimos e também com o mercado de uma forma geral, além das boas práticas que fazem com que o mercado evolua, amadureça. Isso faz com que tenhamos cada vez mais um mercado vigoroso que beneficia também as corporações que fazem parte dele, os investidores e a sociedade como um todo”, afirmou.

Rafael Castro, gerente executivo de Controles Internos, falou sobre a Política de Integridade da Previ. “Antes de cobrar dos outros, temos de fazer nosso dever de casa. Estamos cada vez mais buscando esse papel de indutor de comportamento no mercado para que todas as outras empresas sigam esse caminho”, declarou. Rafael trouxe ainda um panorama histórico da criação do Programa de Integridade da Previ, que começou a partir da Lei Anticorrupção e atesta o compromisso da Entidade em estabelecer parâmetros de excelência frente ao mercado e internamente. “Já possuíamos diversas ações de integridade na Previ e decidimos juntá-las dentro do Programa de Integridade. Buscamos diversos artigos acadêmicos, estudos técnicos de várias instituições e programas nacionais e internacionais para alinhar o nosso programa, que é revisado constantemente para atender ao que a lei exige”, explicou.

Em seguida, Marcelo Seraphim trouxe para reflexão pontos importantes sobre previdência complementar, sustentabilidade e PRI. “O que nos leva a pensar em investimento responsável? São três fatores principais. Primeiro a materialidade. Hoje é conhecido que as questões de governança apresentam riscos materiais e financeiros dos investidores. Existe também uma demanda por títulos verdes que os próprios investidores buscam e também temos uma demanda da própria sociedade, tanto do previdenciário quanto dos próprios investidores. Além disso, existe também um ponto muito importante que é a regulação”, disse Marcelo.

Painel discute desafios presentes

O encontro contou ainda com o painel “Os desafios do Investimento Responsável no atual cenário político global”, mediado por Marcelo Seraphim e composto por Maud Chalamet, Carlos André e Marcel Barros, diretor de Seguridade da Previ. A troca de experiências e conhecimentos entre os presentes foi enriquecida com a participação do público participante ao final do debate.

“O poder público tem de ser indutor de políticas que garantam que a população de uma forma geral tenha uma condição de vida melhor. E a gente está falando sobre como investir e usar a riqueza do nosso país para produzir uma sociedade melhor. Precisamos pensar em um mundo sustentável”, disse Marcel Barros.

Maud Chalamet citou a criação do Green Investment Bank como um exemplo da atuação do poder público na atração de investidores para o desenvolvimento sustentável. “Em 2005, após a identificação das mudanças necessárias na matriz energética do Reino Unido, percebeu-se que as energias renováveis tinham um potencial enorme no país. Entretanto, era um setor considerado arriscado pelos investidores privados. O governo respondeu com a criação do Green Investment Bank, unicamente para atender a essa demanda. Esse é um exemplo relevante de um banco que foi criado justamente para reduzir o risco através de uma metodologia que dá credibilidade e permite atrair os investidores privados”, concluiu.

Carlos André complementou ao comentar o papel dos reguladores para atrair investidores. “Nós estamos procurando trazer a Anbima como autorregulador para otimizar o acesso à informação e a padronização de informações, para facilitar o processo para quem está incorporando esse tipo de prática nas suas análises de investimentos e ter a visão de quanto custa ao investidor incorporar dentro das suas práticas esse tipo de avaliação. Se nós tivermos reguladores e autorreguladores contribuindo para que essa percepção de custo seja a menor possível, facilitaremos o engajamento coletivo”.

Governança como pilar sustentável

Vem de longa data a busca da Previ pelo desenvolvimento de boas práticas de investimento responsável no mercado brasileiro. Uma das iniciativas pioneiras é a participação da Entidade no desenvolvimento dos Princípios para o Investimento Responsável, o PRI, do qual é signatária desde sua criação em 2006. Apoiado pela ONU, o PRI estimula a inserção de critérios ambientais, sociais e de governança nos processos de investimento. Os princípios fornecem um marco para o alcance de melhores retornos de longo prazo e mercados mais sustentáveis. A Previ foi a única instituição da América Latina a integrar o grupo representativo dos maiores investidores institucionais do mundo que desenvolveu o PRI.

Além do Código Previ de Melhores Práticas de Governança Corporativa, publicado em 2004 e revisado pela segunda vez neste ano, foi lançado em 2018 o Guia Previ de Melhores Práticas de ASGI em Investimentos, que incentiva outras entidades de previdência complementar a incorporarem às suas decisões de investimentos os princípios ambientais, sociais, de governança corporativa e de integridade.

A Previ mantém ainda participação ativa em outros fóruns nacionais e internacionais de responsabilidade social corporativa, como a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp, cujo conselho deliberativo é presidido por José Maurício Pereira Coelho, presidente da Previ), o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e o Pacto Global, da Organização das Nações Unidas (ONU).

Fonte: Previ, em 06.12.2018.