Petros encerra 2020 ultrapassando marca de R$ 116 bilhões no patrimônio e com maiores planos BD superavitários após nove anos

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• Rentabilidade consolidada alcança 8,45%, totalizando retorno líquido de R$ 7,6 bilhões nos investimentos

• PPSP-R e PPSP-NR rendem acima da meta atuarial e fecham com superávit de, respectivamente, R$ 967,8 milhões e R$ 535,5 milhões

• PP-2 alcança R$ 30,528 bilhões em patrimônio, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior, e fecha com superávit de R$ 168 milhões

• Conselho Deliberativo aprova demonstrações contábeis; Conselho Fiscal emite parecer favorável, consolidando novo momento na história da Petros; e Diretoria Executiva é reconduzida ao cargo

• Auditoria independente atesta conformidade das demonstrações em relação às normas contábeis, sem qualquer ressalva, o que ocorre pela primeira vez depois de sete anos

A Petros encerrou o exercício de 2020 com rendimento consolidado de 8,45%, totalizando um retorno líquido de R$ 7,6 bilhões nos investimentos. O bom desempenho foi determinante para elevar o patrimônio total da Fundação para R$ 116 bilhões, um incremento de cerca de 9% em relação ao ano anterior, quando contabilizava R$ 108 bilhões, um crescimento excepcional considerando o cenário desafiador imposto pela pandemia. O ano de 2020 também é um marco na história dos dois maiores planos de benefício definido que administramos, os planos Petros do Sistema Petrobras-Repactuados e Petros do Sistema Petrobras-Repactuados-Não Repactuados (PPSP-R e PPSP-NR), que, depois de nove anos, fecharam com superávit, revertendo o cenário de sucessivos déficits: o PPSP-R registrou equilíbrio técnico positivo de R$ 967,8 milhões e o PPSP-NR, de R$ 535,5 milhões. O retorno desses planos BD para o campo positivo é fruto da rentabilidade obtida nos investimentos, acima da meta atuarial em ambos os planos, aliada a um consistente trabalho de reestruturação conduzido no ano passado. Da mesma forma, o Plano Petros-2 (PP-2), maior plano de contribuição variável do setor, também fechou o exercício com superávit, de R$ 168 milhões.

“O resultado chancela a reestruturação que promovemos nos PPSPs e o processo de turnaround da empresa, com mudanças implementadas em diferentes frentes: governança, investimentos, previdência e administrativa. A consistência das nossas estratégias de investimentos e a profissionalização das equipes também foram imprescindíveis para termos um desempenho tão diferenciado, mesmo em um ano atípico e num cenário de juros baixos. Entramos de fato numa nova fase da Petros, de busca por sucessivos superávits, que permitam, no futuro, uma redução das contribuições extras para os nossos participantes”, destacou o presidente da Petros, Bruno Dias.

Os números constam nas demonstrações contábeis da Petros referentes a 2020, aprovadas nesta segunda-feira (29/3/2021) pelo Conselho Deliberativo (CD), instância máxima de governança da Fundação. Na ocasião, o CD reconduziu a Diretoria Executiva. O balanço também recebeu o aval do Conselho Fiscal, consolidando o novo momento vivido pela Fundação e refletindo a continuidade dos esforços empreendidos pela atual administração para o fortalecimento da governança da entidade, por meio de um trabalho técnico e pautado pelo compromisso com os participantes.

Além da aprovação pelos órgãos de governança, as demonstrações contábeis também passam pelo crivo da auditoria independente, que atestou, em seu parecer, a conformidade dos números apresentados em relação às normas contábeis, sem qualquer ressalva, o que ocorre pela primeira vez depois de sete anos. A conquista reforça mais uma vez o compromisso da atual gestão com as melhores práticas de governança corporativa, e consolida todo o trabalho realizado nos exercícios anteriores para eliminação de ressalvas apontadas em balanços do passado.

PPSP-R e PPSP-NR: reestruturação e rentabilidade acima da meta levam a superávit

Os planos PPSP-R e PPSP-NR fecharam o ano com rentabilidade acima da meta atuarial. Enquanto o plano que reúne os participantes que repactuaram valorizou 9,49% ante objetivo de 9,15%, obtendo resultado líquido de R$ 4,195 bilhões nos investimentos, o que abriga os não repactuados avançou 9,42% frente à meta de 9,08%, com retorno líquido de R$ 1,122 bilhão nos investimentos. Considerando o biênio 2019-2020, o PPSP-R acumulou rentabilidade contábil de 34,7% e o PPSP-NR somou 33,8%.

Em relação ao passivo, atualizado anualmente pela meta atuarial, o que gera um crescimento natural do montante necessário para cobrir todas as obrigações futuras, foi mantida a mesma taxa de juros aplicada no ano anterior: 4,43% no PPSP-R e 4,37% no PPSP-NR. Este é o percentual de desconto utilizado para dimensionar o montante necessário para cobrir todos os compromissos de um plano de benefícios. Neste sentido, é importante destacar que a decisão de reduzir a taxa de juros em 2019, como forma de adequá-las ao cenário econômico de juros baixos, foi acertada, contribuindo para o resultado superavitário em 2020 e conferindo mais sustentabilidade aos planos. Com isso, a gestão poderá seguir com segurança as estratégias de investimentos desenhadas e que têm proporcionado boa rentabilidade, sem necessidade de aumentar alocações em ativos com maior risco.

Mesmo diante do cenário econômico desafiador, os planos registraram superávit, de R$ 967,8 milhões no PPSP-R e de R$ 535,5 milhões no PPSP-NR, depois de nove anos de sucessivos déficits. O resultado consolida o trabalho de reestruturação conduzido pela atual gestão, evidencia a robustez das estratégias de investimentos da Petros e inicia uma nova fase na trajetória desses planos.

Renda fixa e renda variável superam benchmarks - Nos planos PPSP-R e PPSP-NR, o destaque foi a renda fixa, com alta de 9,48%, no PPSP-R, e de 9,78%, no PPSP-NR, bem acima do CDI, que é referência para o segmento e avançou 2,77% no período. Contribuiu também para o resultado a renda variável, com retorno de 6,69%, no PPSP-R, e de 6,89%, no PPSP-NR, superando o Ibovespa, que subiu 2,92% no ano. Além disso, o segmento de investimentos estruturados — Fundos de Investimentos em Participações (FIPs) — teve resultado bastante positivo, com valorização de 242,34%, principalmente em função do acordo envolvendo o FIP Sondas e de desinvestimentos em alguns FIPs para reciclagem da carteira, que geraram retorno positivo aos dois planos.

Já os investimentos imobiliários registraram leve retração, de 0,19%, no PPSP-R, e de 0,23%, no PPSP-NR, devido a reavaliações de ativos previstas para o ano. O resultado de imóveis foi contrabalanceado pela forte redução da vacância, em torno de nove pontos percentuais em 2020, a partir de um trabalho de aprimoramento da estrutura da área de investimentos.

Rentabilidade por segmento e total

SEGMENTO PPSP-R (%) PPSP-NR (%)
Renda fixa 9,48 9,78
Renda variável 6,69 6,89
Estruturado (FIPs) 242,34 242,34
Imobiliário -0,19 -0,23
Operações com participantes 10,97 12,25
Total 2020 9,49 9,42
Meta atuarial 9,15 9,08
Rentabilidade contábil 2019-2020 34,7 33,8

PP-2: patrimônio passa marca de R$ 30 bi

Maior plano de contribuição variável do país e segundo maior da Petros em número de participantes (50,6 mil), o Plano Petros-2 (PP-2) contabilizou R$ 1,734 bilhão de resultado líquido nos investimentos. Este desempenho, somado às contribuições recebidas, que são superiores aos pagamentos de benefícios, levaram o plano a alcançar a marca de R$ 30,528 bilhões em patrimônio, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior (R$ 27,336 bilhões), reforçando a importância do plano para a Petros e todo o setor de previdência complementar fechada.

De janeiro a dezembro de 2020, o plano registrou rentabilidade de 5,87%, frente a uma meta de 10,05%. Considerando um horizonte maior, de 24 meses, o plano acumula rentabilidade de 21,39%.

O resultado abaixo da meta no ano passado está associado ao comportamento de alguns ativos que compõem a carteira do PP-2 e que, diante da crise, não tiveram rápida recuperação, além do fato de o plano ter cerca de 40% dos ativos com precificação marcada na curva, que não registra contabilmente os ganhos e perdas acumulados. Ou seja, a rentabilidade contábil reflete o desempenho de cerca de 60% dos ativos que estão marcados a mercado. Caso os 40% restantes tivessem a mesma precificação, a rentabilidade real do PP-2 em 2020 teria sido 18,8%.

Em relação ao passivo, houve redução da taxa de juros usada na avaliação atuarial, cálculo feito para dimensionar os compromissos futuros do plano, saindo de 5,29% para 4,92%. O corte foi fundamental para um melhor alinhamento entre a gestão de riscos e a estratégia de investimentos para este ano, conferindo mais segurança e menos volatilidade à carteira.

Mesmo com o resultado dos investimentos abaixo da meta atuarial este ano e o ajuste na taxa de juros, o plano encerrou 2020 com superávit acumulado de R$ 168 milhões.

Renda fixa é destaque - No PP-2, o rendimento foi impulsionado pela renda fixa, que valorizou 10,82%, quase quatro vezes o CDI (2,77%) e, também, pelos investimentos estruturados, que subiram 9,44%, em razão de recebíveis por desinvestimentos.

Já a renda variável apresentou queda de 2,17% e os investimentos imobiliários tiveram retração de 4,99%, devido à reavaliação de ativos imobiliários alocados na carteira, em função dos reflexos da pandemia. Ainda em relação a imóveis, destaque para a estratégia de alocações em Fundos Imobiliários em outubro de 2020, após mais de 15 anos sem investir nesta classe de ativos, proporcionando retorno positivo de 4,62%. Este segmento terá papel fundamental para reciclagem do portfólio da carteira imobiliária e alcance dos resultados esperados.

Rentabilidade por segmento e total

SEGMENTO PP-2 (%)
Renda fixa 10,82
Renda variável -2,17
Estruturado (FIPs) 9,44
Imobiliário -4,99
Operações com participantes 10,71
Total 2020 5,87
Meta atuarial 10,05
Rentabilidade contábil 2019 - 2020 21,39

Gestão ativa e diversificação: rápida recuperação da rentabilidade

A partir de uma estratégia baseada na diversificação do portfólio e na gestão ativa dos investimentos, com maior agilidade para a tomada da decisão, conseguimos reverter o resultado negativo nos investimentos em função dos impactos da pandemia. No período de março a dezembro, recuperamos 23 pontos percentuais na rentabilidade.

Considerando o rendimento acumulado num prazo maior, desde 2019, quando foi iniciado o novo modelo de gestão ativa, a Petros supera 30% de rentabilidade. “Se adotarmos o modelo dos fundos de investimentos, que marcam todo seu patrimônio a mercado, e é a forma mais fidedigna de retratar o desempenho, a Petros atinge a marca de 34,93% no biênio 2019-2020 — um patamar que se destaca mesmo diante dos melhores gestores do Brasil”, destacou o diretor de Investimentos da Petros, Alexandre Mathias.

O IHFA (Índice de Hedge Funds, da Anbima) — que é a referência para os fundos multimercado de gestão ativa — teve retorno acumulado de 17,21% em 2019-2020, ou seja, a rentabilidade consolidada da Petros no período é mais do que o dobro da média dos multimercados.

As estratégias da Petros baseadas em fundos ativos foram um diferencial diante do cenário adverso da economia. Neste sentido, dois produtos geridos por nossa equipe de investimentos tiveram desempenho de destaque entre os melhores dos seus grupos de referência. São eles: o FIA Petros Ativo, que rendeu 11,84%, superando o Ibovespa em 8,7 pontos percentuais (p.p.) em 2020 e em 15 p.p, considerando o rendimento desde outubro de 2019, quando foi criado; e o FIM Carteira Ativa, com alta de 4,73% no ano, acumulando valorização de 13,33% no biênio 2019-2020, resultado 4,44 p.p. acima do CDI.

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Fonte: Petros, em 29.03.2021