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Onde estão os idosos com planos de saúde?

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As pessoas com 60 anos ou mais são as mais vulneráveis ao Coronavírus, como mostra a experiência internacional. A faixa etária é também a que mais cresce entre os beneficiários de planos de saúde. De acordo com o Panorama dos idosos beneficiários de planos de saúde pelo Brasil, que acabamos de publicar, este grupo que já representa 15% do total de beneficiários da saúde suplementar, ou pouco mais de 6,6 milhões. Além disso, é o único que avançou em todo o período pós-crise, desde 2014.

De acordo com o levantamento, a maior parte destes idosos se concentra em São Paulo e no Rio de Janeiro. Estados que registram mais casos confirmados de COVID-19 no País. No total, São Paulo tem 2,5 milhões de beneficiários com 60 anos ou mais e o Rio de Janeiro, 1 milhão. Na sequência, aparecem: Minas Gerais (718,8 mil); Rio Grande do Sul (407,6 mil); Paraná (378,4 mil); e, Bahia (187,5 mil).

Por outro lado, Roraima é a Unidade da Federação com menos beneficiários nesta faixa etária: apenas 3,1 mil. Acre (6,4 mil), Amapá (7,4 mil), Tocantins (8,1 mil) e Rondônia (18,8 mil) completam a lista dos cinco estados com menos idosos nas carteiras das Operadoras de Planos de Saúde (OPS).

No total, há 1,9 milhão de beneficiários com idade entre 60 anos e 64 anos; 1,5 milhão de 65 anos a 69 anos; 1,1 milhão de 70 anos até 74 anos; 821,6 mil na faixa de 75 anos a 79 anos; e, 1,2 milhão com 80 anos ou mais. Sendo que, nos 12 meses encerrados em janeiro de 2020, o total de beneficiários com idade de 65 anos até 69 anos foi o que mais cresceu: foram 34,5 mil novos vínculos. O grupo foi seguido de perto pelos beneficiários que tem de 70 anos até 74 anos, que registrou 33,9 mil novos contratos; e por aqueles com 80 anos ou mais, grupo que firmou 30,9 mil vínculos no período.

De modo geral, o Panorama revela que a maior parte dos idosos é do sexo feminino (59,5%), tem entre 60 anos e 69 anos (52,3%) e mora na região sudeste do País (65,7%).

Fora isso, o trabalho também destaca que a prevalência de multimorbidade, isto é, presença de uma ou mais doenças crônicas, é maior nesta população. O que a torna especialmente vulnerável ao vírus, reforçando a necessidade de seguir as orientações já amplamente divulgadas e manter o isolamento para minimizar a probabilidade de contágio.

Fonte: IESS, em 31.03.2020