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Sabesprev - O que está acontecendo com os investimentos dos Planos CD?

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Os participantes dos Planos SABESPREV MAIS e Reforço não precisam se preocupar com relação aos resultados ruins dos últimos dois anos, pois eles nada tem a ver com as estratégias de investimentos adotadas pela Fundação.

A carteira de investimentos da Sabesprev está muito bem estruturada e com ótimo potencial de rentabilidade. Mas então, o que está acontecendo?

O mercado está com muita aversão ao risco em função das inúmeras dificuldades que o Brasil vem enfrentando. A partir de março de 2020, além dos problemas já presentes que causavam baixa expectativa ao mercado, como o aumento do déficit fiscal, os desentendimentos políticos entre os poderes, a falta de avanço das reformas necessárias para o controle das contas públicas (reforma tributária, administrativa, política, além das medidas microeconômicas), veio com tudo a pandemia da Covid-19.

Essa pandemia causou uma ampla paralisia na economia, afetando toda a cadeia produtiva. Foi um fenômeno mundial com efeitos severos na economia brasileira. Como consequência, agora, que as economias voltaram a operar, enfrenta-se uma escassez de produtos com consequente aumento da inflação. O nome disso é choque de oferta.

Um exemplo disso é a indústria automobilística. Por falta de componentes eletrônicos diminuiu-se a produção e os preços dos carros usados subiram.

Tudo isso levou a uma enorme desvalorização do Real, observada há um bom tempo na cotação diária do dólar. Com a moeda norte-americana nas alturas, a inflação é pressionada ainda mais para cima.

Diante disso, o Banco Central teve que subir a taxa de juros para conter a inflação. O problema é que já estamos em um cenário de crescimento econômico muito baixo. O que é um fato inusitado visto que, normalmente, aumenta-se a taxa de juros para reduzir o ritmo da economia, o que não é o caso agora, já que o que temos é um choque de oferta, como dito anteriormente, e não um choque de demanda.

Agregado a isso novas variantes da Covid-19 continuam aparecendo no mundo e trazendo mais incertezas para a economia.

Por outro lado, o FED, Banco Central norte-americano, começa a tirar os incentivos à economia. Isso fará a taxa de juros dos Estados Unidos subir, com consequência nas taxas brasileiras.

A somatória desses fatores e mais, está afetando negativamente os humores do mercado.

Assim, o mercado se retrai por conta do aumento da aversão ao risco e o preço dos ativos despenca, ou seja, a bolsa cai, os juros sobem, os investimentos somem, enfim, enfrenta-se um ambiente de crescimento baixo e, com isso, os investimentos tradicionais, como a Renda Fixa e a Renda Variável, acabam machucando as carteiras.

Todos estão sofrendo. As carteiras de mercado estão com baixíssimos resultados, todos os fundos de pensão estão com rendimentos ruins. Inclusive vale ressaltar que no comparativo com 119 fundações de perfil próximo, a Sabesprev encontra-se acima da mediana dos retornos até outubro/2021.

Mas então por que o Plano BD não foi afetado nesse mesmo cenário? Isso acontece por causa da sua característica que permite ao Plano ter uma grande parte da carteira em títulos públicos marcados na curva, alternativa concedida pelo órgão regulador (Previc) somente aos planos de Benefício Definido (BD). A Sabesprev tem cerca de R$ 1,4 bilhão nesse Plano e o fato desse montante estar marcado na curva faz com que ele não sofra com a volatilidade do mercado.

Nos Planos SABESPREV MAIS e Reforço não é possível ter títulos marcados na curva, por isso, nesses momentos de crise os Planos CD sofrem mais, mas quando os mercados se recuperarem, eles têm a capacidade de se levantarem muito rápido e até ultrapassar o rendimento do BD.

Mas a Sabesprev não está simplesmente esperando a crise passar. Ela está aproveitando o cenário de altas taxas de juros para comprar mais títulos públicos. Além de fazer investimentos no exterior. Hoje, esse segmento já tem cerca de R$190 milhões alocados.

Também vale destacar os bons retornos dos investimentos em FIPs e Private Equity, que são investimentos de longo prazo e não sofrem os efeitos desses ciclos de crise.

Uma coisa é certa: nenhuma crise dura para sempre. Os especialistas preveem que a partir do 2º semestre/2022 os mercados começarão a reverter esse quadro, iniciando pela queda da inflação e da taxa Selic.

Resumindo, não há motivo para preocupação, a carteira recuperará o seu valor quando essa crise passar, mesmo porque, ela tem ótimos fundamentos.

A Sabesprev é uma investidora de longo prazo e basta ver o seu histórico de rentabilidade para entender que, mesmo com as crises, seus resultados ainda são três vezes maiores que a meta atuarial, ou seja, conquistamos três vezes mais rentabilidade ao longo dos anos do que a nossa meta.

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Continue acompanhando nossos boletins e seus investimentos. E tenha sempre em mente essa premissa de longo prazo. A fotografia do seu Plano de Previdência não é tirada ao final de uma corrida de 100 metros, mas sim de uma ultramaratona.

Fonte: Sabesprev, em 03.12.2021.