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Novo conselho da BRF: Apoiado por Petros e Previ, fundo Aberdeen pede votação individual

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Em suas edições eletrônicas (e não as impressas), a FOLHA DE S. PAULO e O ESTADO DE SÃO PAULO registram que a disputa pelo controle da BRF, maior processadora de alimentos do Brasil, virou uma guerra aberta na qual cada integrante do novo Conselho de Administração da empresa será escolhido individualmente em assembleia no próximo dia 26.

Isso ocorreu porque o fundo britânico Aberdeen, detentor de pouco mais de 5% das ações da BRF, requisitou à empresa o chamado voto múltiplo na eleição. Com isso, as duas chapas que estavam montadas para disputar o comando da empresa deixam de existir. Segundo a Folha apurou, a movimentação contou com apoio dos fundos de pensão Petros e Previ, donos de 22% do capital da empresa.

As direções de Petros e Previ estavam desconfortáveis com as negociações paralelas de Abilio para tentar desarticular a sua chapa. Daí a decisão de pedir ao aliado Abeerden para solicitar voto múltiplo e implodir essas tentativas.

Abílio reagiu e tentou um entendimento com setores dos fundos. Os dois lados chegaram a negociar uma chapa de consenso, que quase foi aprovada. Mas, após tensas negociações, o acordo fracassou.

Com o voto múltiplo, o jogo é outro. Agora é o peso acionário de cada ator que definirá a formação do novo conselho. Na prática, é preciso ter 5% das ações para eleger um representante.

A solicitação de voto múltiplo deve piorar a percepção do mercado sobre a crise na BRF. Se cada grupo conseguir apontar alguns conselheiros, o conflito deve continuar mesmo com o novo comando. Abilio, que possui 3,9% das ações da BRF, deverá buscar apoio no seu antigo aliado, o Tarpon, dono de 7 ,26% da empresa, e acionistas minoritários para tentar manter dois ou três membros no conselho.

Fonte: Notícias ANCEP, em 13.04.2018.​