Notícias do Seguro, em 04.07.2025

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A semana no ‘Notícias do Seguro’: do encontro em Portugal à Inteligência Artificial Generativa no Brasil

Brasil e Portugal: juntos contra riscos climáticos

O setor segurador brasileiro e português compartilha um mesmo desafio: encontrar formas mais eficazes de proteger a população diante de eventos climáticos cada vez mais frequentes e severos

COP30: seguros entram na agenda estratégica do clima

Pela primeira vez na história, os seguros foram incluídos entre os 30 objetivos-chave da COP30

A carta assinada pelo embaixador André Corrêa do Lago, presidente da Conferência, destaca os seguros como instrumento financeiro essencial para mitigar riscos climáticos e apoiar a transição sustentável.

Para Gustavo Brum, da CNseg, essa inclusão é um reconhecimento da importância do setor:
“De forma inédita, essa é a primeira vez que o setor de seguros é incluído entre as dimensões estratégicas da agenda climática no âmbito das cartas presidenciais da COP”

Você sabia? Existe um seguro feito para proteger aeronaves

O Seguro Aeronáutico cobre danos em voos, no solo e até no rolamento. Garante proteção a:

Saúde Suplementar atinge novo recorde de beneficiários

Segundo dados da FenaSaúde, o Brasil alcançou 52,3 milhões de usuários em planos médico-hospitalares e 34,8 milhões em planos odontológicos

Tá na rede: IA, risadas e inovação no setor

Os vídeos hiper-realistas criados com inteligência artificial, como os gerados pela Veo 3, têm dominado as redes sociais. E o humorista baiano Will Forlan viralizou ao satirizar os erros dessas ferramentas com vídeos hilários

O mercado segurador brasileiro já investiu mais de R$ 20 bilhões em tecnologia e IA só no último ano. As seguradoras já aplicam IA em processos de regulação de sinistros, análise de risco, administração e atendimento ao cliente - com mais precisão, menos perdas e mais eficiência para o consumidor


Seguro e Meio Ambiente: o Protocolo de 2009 e os desafios para um futuro sustentável

Em 2009, o então ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, conhecido por sua trajetória de militância ambiental, acompanhou um passo histórico para o setor segurador brasileiro. Em setembro daquele ano, foi assinado o Protocolo de Intenções para a promoção de ações ambientais entre a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro e Espírito Santo e o Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Esse protocolo marcou o início da incorporação estruturada do conceito de sustentabilidade nas operações de seguros, estabelecendo diretrizes para práticas mais responsáveis e com foco na preservação ambiental.

Como disse Carlos Minc na época:

Não somos mais o ‘primo chato’ da Esplanada. O Meio Ambiente hoje é ouvido em diversas instâncias governamentais. Esta conquista levou anos e hoje não somos mais os últimos a serem consultados”

Ele destacou ainda o avanço no monitoramento por satélite dos biomas brasileiros, incluindo Amazônia e Cerrado, que passaram a ter maior visibilidade e prioridade nas políticas públicas.

Da COP15 à COP30: evolução das metas climáticas no Brasil

Na COP 15, realizada em Copenhague em 2009, o Brasil se comprometeu a reduzir em 80% as taxas de desmatamento até 2020. Em 2025, o país será sede da COP 30, em Belém (PA), reforçando seu protagonismo nas negociações globais.

Se antes as discussões giravam em torno de conter o desmatamento e reduzir emissões de dióxido de carbono, hoje o debate é ainda mais amplo e urgente. Inclui as consequências já presentes das mudanças climáticas, como eventos extremos mais frequentes, impactos em ecossistemas e efeitos diretos sobre a população.

Desenvolvimento sustentável: da política a prática no campo

Já em 2009, durante a gestão de Carlos Minc, o desenvolvimento sustentável era um dos pilares das discussões globais e um critério crescente para investimentos. A preservação ambiental começou a ser percebida não apenas como custo, mas como estratégia de produtividade e rentabilidade para o setor agropecuário.

Nas palavras do então ministro Carlos Minc:

Quando o agricultor faz uma queimada, um corte raso de floresta, ele colhe uma boa safra uma ou duas vezes no máximo, e depois abandona a terra arrasada ou precisa de uma fortuna para recuperá-la. Com tecnologias sustentáveis, como o plantio direto e a agrofloresta, ele terá colheita e terra produtiva por muito mais tempo

Essa lógica segue atual e relevante, diante da necessidade de equilibrar produção e conservação, reduzindo o desmatamento e garantindo segurança alimentar.

Seguros para sustentabilidade: proteção para quem investe no futuro

Hoje, o mercado de seguros acompanha essa evolução e oferece coberturas específicas para apoiar práticas sustentáveis. Entre os principais produtos estão: Seguro Compreensivo de Florestas, Seguro de Responsabilidade Civil Riscos Ambientais e Seguro Pecuário.

Além disso, o conceito de Ambiental, Social e Governança (ASG) ganhou força, orientando investimentos e gerando índices de sustentabilidade empresarial. Isso estimula práticas responsáveis e fortalece a imagem das empresas junto à sociedade e ao mercado.

Preservação ambiental: uma tarefa que vai além do governo

A assinatura do protocolo em 2009 mostrou que a preservação ambiental não é responsabilidade exclusiva do governo. Requer o engajamento de toda a sociedade e de setores estratégicos da economia.

Ao integrar a sustentabilidade em seus produtos e operações, o mercado segurador demonstra que proteger o meio ambiente pode ser ao mesmo tempo essencial para o planeta e viável para os negócios. Um compromisso que, iniciado em 2009, continua a evoluir — e precisa se fortalecer ainda mais para enfrentar os desafios climáticos atuais e futuros.

Fonte: CNseg, em 04.07.2025