Presidente da Previ comenta o resultado do Previ Futuro em 2024
A Previ divulgou ontem o resultado do Previ Futuro em 2024. O plano encerrou o ano passado com rentabilidade de -0,20%, impactado pelo cenário econômico adverso, que trouxe forte volatilidade aos investimentos. Em vídeo, o presidente da Entidade, João Fukunaga, detalha o desempenho. Confira:
Olhar para frente e trilhar, hoje, o caminho que vai nos levar até a manhã que sonhamos. Esse foi o desafio do nosso Previ Futuro em 2024.
Mesmo enfrentando um ano difícil na economia e no mercado, em que as mudanças de cenário impuseram desafios na gestão dos recursos, o Previ Futuro segue crescendo. Passados 27 anos desde a sua criação, o plano está cada dia mais forte.
Em 2024, o plano ultrapassou a marca de 86 mil participantes, a grande maioria de funcionários da ativa.
E com uma carteira robusta, que alcançou o seu maior valor histórico, se consolida como um dos maiores planos de previdência complementar do país.
Os recursos do Previ Futuro são aplicados em oito perfis de investimento, que se dividem em duas categorias: risco-alvo e data-alvo. A primeira tem como base a exposição da carteira ao nível de risco tolerado pelo participante, ou seja, você. Já a segunda, leva em consideração a data da aposentadoria escolhida por você e adequa a exposição ao risco à medida que essa data se aproxima.
Independentemente do perfil escolhido, a Previ administra os recursos do Previ Futuro com uma visão de longo prazo, ancorada em duas premissas: a primeira, garantir que os recursos dos participantes não sejam corroídos pela inflação. A segunda, buscar rendimentos que remuneram os ativos para maximizar o benefício no futuro.
Para direcionar essa jornada, usamos uma taxa de referência, que é uma espécie de meta de rentabilidade a ser alcançada todo ano.
No caso do Previ Futuro, essa taxa corresponde ao INPC, que é o índice de inflação adotada pelo plano, mais 4,62%. Ou seja, a cada ano, nosso time se empenha para fazer os investimentos do Previ Futuro performarem o suficiente para superar a inflação e render mais que 4,62%, no mínimo.
Ao contrário do que estabelece o senso comum, a alta de juros que o Brasil experimentou em 2024 nem sempre garante rentabilidade positiva para a renda fixa, principalmente para títulos públicos, com longo prazo de vencimento.
Isso porque, quando a taxa da economia sobe, o valor de mercado dos títulos cai. Veja: por que um investidor vai pagar um determinado valor num título que prometia rendimento de 10% e tem vencimento em 2050, se hoje, com a alta de juros, ele pode comprar o mesmo título, cujo rendimento será de 12% no mesmo período?
Essa é a lógica que afeta a marcação a mercado e que impactou a carteira de renda fixa do Previ Futuro em 2024. É que o negócio da Previ é pagar benefício, é visão de longo prazo. Por isso, a maior parte dos títulos que compõem a carteira do plano tem vencimentos longos, 2030, 2040 e 2050, e por aí vai.
Por um lado, isso garante uma boa rentabilidade lá na frente. Por outro, afeta o valor da carteira trazido ao valor presente. Isso porque, por força de lei, o Previ Futuro era obrigado a contabilizar a maioria dos seus títulos pelo valor de mercado.
Ou seja, ainda que o nosso time de investimentos tenha como estratégia levar os títulos até o vencimento, contabilmente éramos obrigados a informar o valor de mercado desses títulos. Isso explica parte da baixa rentabilidade obtida pelos perfis de investimento do Previ Futuro, até mesmo conservador.
Mas aqui vale uma explicação: os títulos marcados a mercado não foram vendidos pela Previ, o que significa que não houve prejuízo. Pelo contrário, como boa parte desses títulos vai ser mantida até o vencimento, a remuneração será a contratada, independente das oscilações e do cenário econômico. Isso significa proteção contra a inflação e ganho real para os associados.
A oscilação da rentabilidade causada pela marcação a mercado tende a ser amenizada com uma mudança na legislação. Essa mudança que possibilita a marcação de títulos na curva, ou seja, pelo valor do investimento, representa uma conquista para os associados do Previ Futuro. Conquista que é fruto do trabalho da diretoria, que em conjunto com outras fundações e entidades representativas do setor, se empenharam por essa mudança.
A partir do momento que contabilizarmos parte de nossa carteira de renda fixa, com a visão de marcação na curva, a rentabilidade tende a oscilar menos. Mas esse efeito só vai ser sentido mais à frente, após a conclusão do trabalho de remarcação.
Se pudéssemos ter marcado, já em 2024, parte da carteira do Previ Futuro na curva – e não pelo valor de mercado –, que foi depreciado pela alta dos juros, o resultado dos perfis seria bem diferente.
Se, por um lado, a alta dos juros afetou contabilmente o resultado da renda fixa do Previ Futuro, por outro, também apresentou oportunidades para o investimento em títulos capazes de capturar essa alta. O rendimento no ano passado sofreu, mas a perspectiva de longo prazo melhorou muito.
2024 foi um ano de muito trabalho para modernizar a estrutura de investimentos do Previ Futuro. Desde a criação dos perfis lá em 2009, o plano tinha uma carteira única de investimentos, segregada basicamente em dois grandes blocos, renda fixa e renda variável.
Entregue no início de 2025 a nova estrutura de investimentos, garante maior agilidade, flexibilidade e eficiência na gestão dos ativos.
E vai possibilitar a criação de um novo perfil de investimento, menos volátil e focado principalmente nos associados que estão mais próximos da aposentadoria – e que não podem ter seus recursos expostos às oscilações de mercado.
Além disso, obtivemos conquistas importantes, como a mudança de opção de tributação. Antes, essa escolha era feita no escuro, num momento de adesão ao plano. Com a mudança na lei, o participante agora pode escolher pela tabela progressiva ou regressiva do imposto de renda, no momento da aposentadoria. Isso permite que ele faça a escolha pela tributação mais vantajosa e pague menos impostos.
São mudanças e conquistas importantes que fazem o nosso Previ Futuro seguir avançando.
É, pessoal. 2024 foi um ano difícil e que impôs muitos desafios ao Previ Futuro, mas também de muito trabalho.
Um trabalho contínuo, realizado com a responsabilidade e diligência por uma equipe qualificada, formada na mais importante escola de finanças do país, o Banco do Brasil.
Trabalho de gente que, assim como eu e você, também é associada do Previ Futuro e não vai medir esforços para entregar o melhor resultado para o plano, hoje, amanhã e lá no futuro que todos nós planejamos.
Estamos preparados para recuperar a rentabilidade do PriviFutur e garantir o retorno necessário para que cada colega tenha o futuro que merece e deseja.
A Previ segue firme, forte e confiável. Porque tem a credibilidade construída em mais de um século de história e uma rentabilidade sólida, baseada em uma visão de longo prazo.
São mais de 120 anos protegendo o futuro das pessoas. Nesse tempo todo, nada – absolutamente nada –, abalou esse compromisso.
Seguimos em frente, sempre. Fiéis ao nosso propósito e firmes no compromisso de proporcionar cuidado e proteção aos nossos associados e seus familiares em todas as fases de suas vidas.
Porque para nós, da Previ, gente é tudo.
Presidente da Previ comenta o resultado do Plano 1 em 2024
A Previ divulgou ontem o resultado do Plano 1 em 2024, um ano de forte volatilidade no mercado financeiro. O plano encerrou o período com um déficit acumulado de R$ 3,16 bilhões, impactado pela desvalorização do portfólio de investimentos diante do cenário de risco fiscal, alta de juros e queda do Ibovespa. Mesmo diante desse quadro desafiador, o Plano 1 segue sólido e cumprindo sua missão: pagar benefícios aos seus mais de 106 mil associados. Em vídeo, o presidente da Entidade, João Fukunaga, detalha o desempenho. Confira:
Diante de um ano tão desafiador e da campanha de desinformação sem precedentes que alcançou os nossos associados nas últimas semanas, trazendo intranquilidade, é muito gratificante poder chegar aqui no dia de hoje e dizer pra você, associada, associado do Plano 1, que a nossa Previ segue firme, forte, confiável.
No atual estágio de maturidade do plano, em que quase todos os associados são aposentados ou pensionistas, nada mais importante para o Plano 1 do que manter o equilíbrio, e foi isso que fizemos em 2024.
Estamos reduzindo a exposição à renda variável e aumentando a fatia de renda fixa na carteira de investimentos do Plano 1. Esse trabalho, que no jargão da economia é chamado de imunização do passivo, teve início lá em 2012 e vem sendo mantido ao longo dos anos. Isso nos garantiu uma proteção contra as oscilações de mercado, evitando perdas milionárias para o plano.
Ao longo de 24, aproveitamos oportunidades de desinvestimento em renda variável, mas sem movimentos bruscos ou que causassem prejuízo para você, associado.
Os recursos obtidos com as vendas em renda variável possibilitaram ao Plano 1 adquirir um volume expressivo de títulos públicos federais em 2024. Esse aumento gradual da renda fixa traz mais segurança e previsibilidade, contribuindo para o equilíbrio do plano 1.
Esse equilíbrio nos possibilitou bater um novo recorde no pagamento de benefícios. E o que é melhor, sem precisar vender nenhum ativo do plano.
Você pode estar se perguntando como a Previ consegue destinar um volume tão grande de recursos ao pagamento de benefícios sem vender nenhum ativo.
Isso só é possível porque temos dinheiro suficiente em caixa para pagar os nossos associados, independentemente do cenário econômico.
E também porque os rendimentos dos nossos investimentos são, hoje, a principal fonte de recursos para o pagamento de benefícios.
Por conta do cenário desafiador que enfrentamos no ano passado, com forte oscilação nos mercados acionários, e a abertura da curva de juros impactando a renda fixa, o resultado acumulado de 2024 no Plano 1 é de déficit. Mas um déficit conjuntural e que foi devidamente amenizado pelo bom resultado obtido em 2023.
Estamos atentos a esse resultado. Afinal de contas, ficou abaixo do que esperávamos. Mas, colocando em perspectiva, dá pra perceber que esse déficit representa um percentual muito pequeno em relação ao patrimônio do Plano 1.
A oscilação que experimentamos de 2023 para 2024 é comum e até esperada em fundos de pensão, mesmo nos mais maduros, como o nosso do Plano 1. E, após o início de recuperação do mercado em 2025, e devido à qualidade dos nossos investimentos, o déficit de 2024 já começou a ser revertido.
Nos investimentos do Plano 1, fizemos ajustes para reduzir a volatilidade. E, mesmo num ano de grandes desafios, que afetou negativamente a renda fixa e a renda variável do Plano 1, o resultado dos investimentos foi positivo.
Afinal, nossa carteira é formada por ativos resilientes e de empresas da economia real, com grande potencial de valorização e que possuem um excelente histórico de pagamentos de dividendos. Em 2024, mais uma vez, esses ativos trouxeram um retorno importante para o Plano 1.
Eu sei que eu tô aqui falando o tempo todo em equilíbrio, mas falar em equilíbrio é falar o que é essencial para o Plano 1: o patrimônio necessário para honrar o pagamento de benefícios até o último dia de vida do último associado do Plano 1, o que está previsto para acontecer lá pelo ano de 2100.
E é muito bom constatar que mesmo diante de um ano extremamente desafiador, e apesar de termos experimentado um crescimento considerável dos compromissos nos últimos anos, o Plano 1 segue saudável e em equilíbrio.
O trabalho realizado no ano passado nos manteve no caminho certo para seguirmos pagando benefício a todos os nossos associados por muitos e muitos anos.
A dedicação dos funcionários, que assim como você também são associados da Previ, garantiu a preservação de direitos e resultou em conquistas importantes para o Plano 1. É o caso da manutenção da isenção de impostos na reforma tributária e do acordo histórico estabelecido com o Banco do Brasil sobre as reclamatórias trabalhistas.
E tem mais: no ano passado, elevamos o teto do empréstimo simples, um benefício que só quem é da Previ tem e que representa o alívio financeiro e o apoio necessário para a realização de projetos de milhares de associados.
Também realizamos melhorias estruturais na Capec, ampliando a capacidade de assistência do plano e tornando a nossa caixa de pecúlio mais atrativa para o público jovem. Tudo isso sem aumento de custo para você, associado.
É, pessoal. 2024 foi um ano difícil, mas também de muito trabalho para manter o Plano 1 em equilíbrio. Um trabalho contínuo, realizado com a responsabilidade e diligência por uma equipe qualificada, formada na mais importante escola de finanças desse país, o Banco do Brasil.
A Privi segue firme, forte, confiável. Porque tem a credibilidade construída em mais de um século de história e uma rentabilidade sólida, baseada em uma visão de longo prazo, como deve ser um plano de previdência.
São mais de 120 anos protegendo o futuro das pessoas. Nesse tempo todo, nada –, absolutamente nada –, abalou esse compromisso.
Seguimos em frente, sempre. Fiéis ao nosso propósito e firmes no compromisso de proporcionar cuidado e proteção aos nossos associados e seus familiares em todas as fases de suas vidas.
Porque para nós, da Previ, gente é tudo.
Fonte: Previ, em 17.03.2025.