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Mercado e perspectivas do seguro rural para 2018

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Leia a entrevista com o vice presidente da Comissão de Seguro Rural da FenSeg, Joaquim Neto

Joaquim Neto, vice presidente da Comissão de Seguro Rural da FenSeg, fala sobre as perspectivas do setor para os próximos meses de 2018 e os bons resultados dos produtos até julho deste ano. Confira!

Dados da Susep mostram que o seguro rural cresceu 13,2% até julho deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado. A que o senhor credita este resultado?

Acreditamos que esse resultado é devido ao aumento de produção da safra brasileira, aliado à maior percepção dos agricultores em relação aos riscos decorrentes de eventos climáticos. O seguro agrícola vem crescendo ano a ano, e isso é reflexo da própria atividade agrícola que, de acordo com a a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mostra que a agricultura e o agronegócio contribuíram com 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2017, a maior participação em 13 anos.

Como o seguro rural pode continuar crescendo para manter o resultado até o final do ano?

As seguradoras tem feito um excelente trabalho, desenvolvendo produtos e coberturas para atender à necessidade dos agricultores. Hoje, além do seguro de custeio; existe o seguro de produtividade; a cobertura do seguro que garante a baixa do valor da saca (preço ou renda); a cobertura do seguro que ampara a perda de qualidade de grãos; e temos muito mais a criar para atender a essa crescente demanda do mercado.

Muitos agricultores ainda têm dúvidas sobre como é feita a precificação deste produto. O senhor pode explicar um pouco sobre isso?

Claro, é realmente muito difícil analisar os dados climáticos sem termos uma base pública que apresente a ocorrência das perdas por cada propriedade agrícola, o que ainda é um sonho. Mas cada seguradora que opera nesse segmento busca dados de ocorrência dos eventos climáticos a serem assumidos em seus produtos de seguro agrícola e através de estudos de estatística e atuária (que é a área do conhecimento que analisa os riscos e expectativas financeiros e econômicos, ou seja as perdas decorrentes da probabilidade de acontecerem esses riscos ). Valida e distribui sua comercialização em várias regiões.

Temos que lembrar que seguro é mutualismo, alguns sempre estão perdendo muito, mas continuam na atividade justamente por conta de terem vários na carteira de seguro que ao adquirirem suas apólices de seguro, dando suporte a eles.

E qual sua mensagem para o agricultor que está nos ouvindo e tem interesse de contratação?

Você, agricultor, que tem trabalhado tanto e investido mais ainda em tecnologia, equipamentos de ponta e insumos de última geração, não deve deixar que os eventos climáticos te tirem da atividade, pois se você não tiver seguro isso pode acontecer contigo. E vai ser muito ruim para o Brasil não termos a sua contribuição na produção agrícola brasileira, que ano a ano vem batendo recordes de produção.

Você, agricultor, que já teve indenização de seguro agrícola, divulgue para seus colegas e amigos como é bom poder se dedicar com mais tranquilidade à sua atividade principal, que é gerar riquezas, para você, para sua família e para o nosso Brasil. Não tendo que perder uma safra, ficar com dívidas e até podendo deixar de conduzir sua própria fazenda, se uma seca, granizo, geada, excesso de chuva ou outro evento climático acometer sua produção. Seja prudente, valorize o seu trabalho, faça seguro agrícola.

Fonte: CNSeg, em 21.09.2018.