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Marcio Coriolano pontua cinco temas prioritários para a saúde suplementar

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Segundo dados apresentados por ele, nos últimos 12 anos a saúde suplementar acumulou arrecadação de R$ 1,58 trilhão. “Nesses 12 anos, a arrecadação dobrou em termos reais. Como a taxa de sinistralidade média é de 83%, foram R$ 1,31 trilhão que irrigaram a cadeia de atenção à saúde privada – hospitais, laboratórios, médicos, indústria de medicamentos -, permitindo que atualmente seja um segmento pujante e de alta tecnologia e qualidade.”

O Presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Marcio Coriolano, foi um dos debatedores do webinar “Impacto da Pandemia no Cenário Econômico”, organizado pelo Hospital Star D`Or, pertencente à Rede D’Or. O encontro virtual aconteceu ontem, dia 29, com a participação de representantes de instituições médicas e economistas. 

Um ponto comum entre todos foi a urgência em se repensar o país num momento tão complicado do mundo. Marcio Coriolano reforçou a urgência das reformas estruturais e acrescentou as que precisam acontecer na saúde suplementar, que vinha num ritmo acelerado, mesmo em períodos recessivos. Em sua fala, ele afirmou que não acredita num novo normal mágico. “Acredito que temos de voltar a equacionar o que deveria ter sido normal na última década, e que ainda não conseguimos resolver”, comentou. Segundo dados apresentados por ele, nos últimos 12 anos a saúde suplementar acumulou arrecadação de R$ 1,58 trilhão. “É um volume considerável, pago por pessoas que querem ter um plano de saúde”. Desse valor, R$ 1,31 trilhão retornou para os beneficiários de planos de saúde, mediante pagamento a toda a rede de atenção à saúde, formada por hospitais, laboratórios, médicos, indústria de fármacos e todo o tipo de profissionais médicos.” 

O Presidente da CNseg frisou que a retomada do crescimento dependerá do comportamento do produto, da renda e do emprego. “Os planos de saúde empresariais dependem crucialmente da produção e do emprego e os planos por adesão da renda. Além disso, precisamos retomar discussões importantes que estavam na pauta do setor e precisam ser retomados.” 

Marcio Coriolano se referiu a cinco importantes temas: racionalidade da incorporação tecnológica; prioridade para a atenção primaria da saúde; prioridade para a promoção e prevenção da saúde; mudança do modelo de remuneração dos serviços médicos; e revisão do marco legal da Lei 9.656. “Sou otimista como todo segurador, já que nossa missão é dar proteção de longo prazo. Afinal, nos comprometemos em gerenciamento de riscos. Temos um desafio enorme de dar sustentabilidade para a saúde suplementar. Ela mostrou as suas soluções neste momento grave de pandemia. E o nosso sistema privado tem todas as condições de sair mais fortalecido se todos esses tópicos forem debatidos e implementados”.  

Veja todos participantes:

Moderadores:
Dr. João Pantoja – Diretor Geral do Hospital Copa Star
Dr. Gilberto Amorim
Oncologista da Oncologia D’OR e Clínica São Vicente;

Palestrantes:
Como os economistas interpretam as estatísticas da COVID-19?
Prof. Juliano Assunção
Professor Associado do Departamento de Economia da PUC Rio;

O que esperar do cenário econômico para os próximos meses?
Prof. Arminio Fraga
Ex-Presidente do Banco Central do Brasil, Sócio Fundador da Gávea Investimentos;

Como será o mercado da saúde suplementar no pós-pandemia?
Dr. Denizar Vianna
Ex-Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde

Debatedores:
Dr. Marcio Coriolano
Presidente da CNseg

Dr. Leandro Reis
Vice-Presidente Médico da Rede D’OR São Luiz

Coordenação do evento:
Drª. Olga Souza
Diretora Nacional da Cardiologia da RDSL

Dr. Flavio Cure
Cardiologista – H Copa Star

Fonte: CNseg, em 31.07.2020