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Investimentos: recuperação foi ainda maior

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Por Jorge Wahl

O Consolidado Estatístico que a Abrapp estará divulgando na próxima semana virá com algo novo, uma novidade capaz de ampliar e muito a visão que as associadas têm dos resultados obtidos pelo conjunto do sistema nos investimentos que faz e, adicionalmente, facilitar o entendimento que cada entidade tem de sua própria performance, ao compará-la com o mercado. E esse novo olhar sobre os números já chega com uma boa notícia, ao fornecer novas razões para acreditar que 2016 foi mesmo para os fundos de pensão brasileiros um ano de recuperação, mostra o Núcleo Técnico da Abrapp.

Números divulgados dias atrás pela Abrapp e amplamente noticiados pela mídia já haviam dado conta que os fundos de pensão terminaram o ano passado administrando um patrimônio de R$ 755,096 bilhões, montante 10,2% maior do que o registrado no final de 2015 e, assim, cristalizando a imagem de um resultado inegavelmente favorável. Mas os dados que a Abrapp dará a conhecer na próxima semana, no relatório que atende pelo nome de “Suplemento de Rentabilidade”, de agora em diante destinado a acompanhar em parte das edições a divulgação do Consolidado Estatístico, é que essa performance foi ainda melhor.

Rentabilidade superior - Ainda melhor porque o novo relatório vai claramente mostrar que mais de 75% das associadas e planos por elas administrados tiveram no ano passado rentabilidade superior à TJP (Taxa de Juros Padrão). Só para comparar, vale lembrar que no ano anterior esse percentual havia ficado abaixo de 25%. Fizeram parte da mostra pouco mais de 230 entidades e 900 planos.

Por fazer uso de medianas e quartis e se utilizar de um universo maior, esse e os demais percentuais presentes no relatório que está chegando acaba espelhando melhor a realidade da performance obtida. Isso é verdade tanto para os resultados gerais, quanto aos que dizem respeito às rendas fixa e variável, imóveis, investimentos estruturados e empréstimos aos participantes.

Tudo isso querendo dizer que esse novo tipo de relatório aprofunda o estudo sobre as rentabilidades conseguidas por entidades e planos. Ao invés de ponderar a média pelo porte, foca-se em medidas de posição ( mediana e quartis ), analisando-se os dados do último mês, dos doze meses passados e dos três anos que ficaram para trás. E tudo isso com dados históricos desde 2010.

Os gráficos trazem a mediana das rentabilidades e distribuição desses retornos conseguidos pelas entidades nos períodos mencionados.

Atualmente, é fato que algumas entidades possuem relatórios semelhantes produzidos por consultorias. A vantagem, no caso do material estatístico produzido pelo Núcleo Técnico, é que a base de seu relatório é bem mais ampla, dessa forma ajudando a traduzir melhor a realidade.

Fonte: Diário dos Fundos de Pensão, em 31.03.2017.