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Fundos de pensão de estatais lutam para deixar déficits para trás

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Os maiores fundos de pensão fechados brasileiros são de estatais: quatro deles representam 41% de todo montante investido em previdência complementar por esse segmento de mercado. Até outubro, os investimentos da Previ, Petros, Funcef e Postalis, somavam R$ 375,9 bilhões, de um universo estimado em R$ 926,1 bilhões, de acordo com o consolidado estatístico Abrapp, começa dizendo o Correio do Povo, jornal de Curitiba, em uma longa matéria publicada em sua edição de ontem (domingo).

Justamente esses quatro fundos, continua o jornal, já estiveram associados a investigações sobre esquemas de corrupção e desvios de recursos, que motivaram inclusive a CPI dos Fundos de Pensão, entre 2015 e 2016 – a operação Greenfield foi a mais recente. Mas, em 2019, eles estão superando as metas atuariais, conforme mostram os indicativos parciais compilados pela Abrapp. Apesar desse resultado, alguns ainda precisam equacionar déficits, que pesam na saúde financeira dos fundos – e a solução é aumentar os percentuais descontados dos participantes dos planos, sejam trabalhadores da ativa ou aposentados.

São muitas as informações fornecidas, mas sucintamente o jornal diz que a Previ teve superávits de 2007 a 2013. Entre 2013 e 2015, os dois planos tiveram resultados de rentabilidade inferiores às metas atuariais, e em 2015 foi registrado déficit de R$ 16 bilhões – a situação foi equacionada no começo de 2018. Desde 2016, estão conseguindo manter essa tendência de alta em relação à rentabilidade.

Apesar dos bons resultados atuais, o Petros precisa equacionar déficits anteriores. Entre 2013 e 2015, o Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP), de benefício definido, acumulou déficits que somaram R$ 22,6 bilhões. Para equacionar, o fundo de pensão elaborou um plano de equacionamento, que envolve maiores contribuições dos participantes.

No caso da Funcef há déficit acumulado que chegou a R$ 6,4 bilhões levando em conta os resultados parciais até o novembro de 2019. Mas a entidade destaca que no terceiro trimestre de 2019 os investimentos chegaram aos R$ 4,5 bilhões e a rentabilidade média foi de 6,84% ante 6,07% de meta atuarial.

Em se tratando do Postalis, há sucessivos anos de déficits gerando novos planos de equacionamento, que foram sobrepostos A fonte ouvida pelo jornal registra que a entidade vem agindo corretamente à luz das investigações em curso.

Fonte: ANCEP, em 17.02.2020