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Foco na prevenção

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Na última semana, divulgamos a “Projeção das despesas assistenciais da saúde suplementar” que acende uma luz de alerta para o setor apontando que as operadoras de planos de saúde devem gastar R$ 383,5 bilhões com assistência à saúde de seus beneficiários em 2030. Esse valor representa um aumento de 157,3% em relação ao registrado em 2017. No intuito de gerar subsídios para a mudança efetiva no setor, uma de nossas missões é justamente dar visibilidade aos temas caros ao segmento para que beneficiários de planos de saúde e os diversos agentes do setor percebam a importância de se debater o tema.

Nesse sentido, a matéria do Jornal do Commercio, do Recife, joga luz ao assunto com diferentes apontamentos de especialistas em saúde. A reportagem publicada no último domingo mostra que, com o envelhecimento acelerado da população, a saída é apostar na prevenção de doenças e acidentes.

Segundo Daniel Greca, diretor da KPMG, o que pesa para as operadoras é o enfoque em atendimento de urgência. “Não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona”, aponta o especialista sobre a necessidade de se mudar o modelo vigente. Segundo Greca, o envelhecimento acelerado da população vai obrigar os diferentes setores a prestar atenção básica à saúde de forma bem feita para que diminua a utilização de serviços complexos e, consequentemente, mais caros. “Hoje, o sistema de saúde não tem vocação para isso. A falta de gestão populacional aliado ao sistema de remuneração perverso, à ineficiência, com a população envelhecida, gera uma bomba”, declarou o gerente da KPMG da área de Healthcare.

Já para o coordenador do curso de auditoria na gestão de planos e sistemas de saúde do PEC FGV, Álvaro Escrivão Junior, a prevalência de doenças cardiovasculares, câncer e diabetes demandam atendimento contínuo e impactam no setor. “Muitas doenças crônicas podem ser prevenidas. Nós não adaptamos a assistência médica, usamos a mesma lógica de tratamento de doenças agudas, em que o paciente toma o remédio e volta pra casa”, aponta.

A matéria ainda traz a nossa visão acerca do setor, que necessita uma série de mudanças, como disse Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS, em entrevista para o jornal. “Para reduzir os custos do sistema, é preciso assegurar que a adoção de novas tecnologias se baseie em estudos que considerem a eficiência da tecnologia e os impactos econômicos; mudar o sistema de remuneração em serviços de saúde, prevalecendo o valor por tratamento e qualidade assistencial; além de reduzir o grau de judicialização e promover transparência de desempenhos”, apontou a reportagem.

Confira a publicação na íntegra e conheça mais do “Projeção das despesas assistenciais da saúde suplementar”.

Fonte: IESS, em 10.07.2018.