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Executivos compartilham experiências de governança nas operadoras de saúde

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Webinar debate processos atuais e estratégias para o futuro do setor

Desde sua criação em 1988, o setor de saúde suplementar brasileiro tem se mostrado bastante pungente. No entanto, na visão do presidente executivo da Central Nacional Unimed Alexandre Ruschi os resultados poderiam ser ainda melhores se houvesse um entendimento mais claro entre os sistemas públicos e privados do país. “Um setor que já chegou a ter 51 milhões de beneficiários tem hoje 47 milhões e não sabemos qual será esse número após a pandemia”, afirmou. 

Para ele, o setor privado é bastante cooperativo e tem se destacado diante da crise, cumprindo seus compromissos contratuais pactuados. Sob curadoria e mediação da participante da Comissão de Saúde do IBGC Ana Regina Vlainich, Ruschi participou do IBGC Conecta de terça-feira (2 de junho) para discutir a governança corporativa das operadoras de saúde e suas estratégias de crescimento para o futuro. Também participaram do webinar o diretor-gerente da Bradesco Saúde e Mediservice, conselheiro da Odontoprev e Orizon, Flávio Bitter, e o presidente executivo do Sistema Hapvida, Jorge Pinheiro de Lima.

Pinheiro de Lima falou desse momento de crise como uma oportunidade de enfrentamento do Brasil de suas mazelas como nação e no setor da saúde suplementar, além de contar a trajetória da governança da Hapvida desde o início do negócio, da instalação de um conselho consultivo com executivos externos e independentes até sua abertura de capital. “Nosso processo de transformação de uma empresa fechada para um grupo com alto padrão de governança levou aproximadamente seis anos”, disse.

“A revisão constante dos papéis dos conselheiros e da gestão tem nos ajudado muito a desenvolver um modelo de governança, orientados pela inovação, por um novo modelo de saúde para o país”, assinalou Ruschi sobre a experiência atual da Unimed com governança. “É claro que ninguém estava preparado para essa crise humanitária, mas tenho certeza que nossos aprendizados passarão por uma solidariedade maior entre os países, para que a gente possa ter uma transparência ainda maior de informações, principalmente sobre saúde e gestão de epidemias”, defendeu.  

Executivo e conselheiro, Flávio Bitter explorou o conceito de governança como um fortalecimento para as operadoras. Na Bradesco Saúde, de acordo com ele, conselhos consultivo e de administração, além de comitês de autoria e fiscal específicos foram dedicados aos esforços da empresa, por entender que dentro do Bradesco a operadora apresentava entraves bastante diferentes do restante do grupo. “Essa estrutura têm ajudado na nossa estratégia de curto e longo prazo e nos desafios de mudança de modelos assistenciais e da transformação digital”, garantiu. 

Bitter pontuou ainda que todas as empresas, não apenas as operadoras, são constantemente desafiadas pelas demandas de disrupção e pela descoordenação entre agentes do setor. “A transformação digital tem ajudado nessa coordenação, ao se criar plataforma de atendimento digital, por exemplo, um pré-requisito é que todos os médicos compartilhem o mesmo prontuário eletrônico de cada paciente. A Covid-19 acelerou transformações que estavam em curso”, completou. 

Assista aqui ao webinar completo.

Fonte: IBGC, em 03.06.2020