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Envio de documentos: os muitos significados do STA, segundo a Previc

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Hoje (15) é o último dia no qual as entidades estarão utilizando o SICADI para enviar à Previc informações sobre seus investimentos e contabilidade. Amanhã (16) o mesmo passará a ser feito através de um sistema totalmente desenvolvido e a partir de agora mantido pelas equipes internas da própria autarquia, o STA, sendo que essa internalização das tarefas traz consigo um significado talvez maior do que o percebido até aqui. Aliás, o mesmo raciocínio, o dessa importância ainda não totalmente compreendida, se aplica também à remessa dos demonstrativos atuariais via igualmente o STA, seguindo um modelo que será conhecido ainda este ano e utilizado a partir de 2020.

A adaptação dos demonstrativos atuariais ao STA está vindo em um segundo momento não apenas por envolver maior complexidade, mas também porque a Previc tinha mais prazo para trabalhar, por tratar-se de uma obrigação cumprida anualmente e cujo prazo de entrega é março do ano que vem.

Em entrevista ao ANCEP NOTÍCIAS o Diretor de Fiscalização e Monitoramento da Previc, Sérgio Djundi Taniguchi, nota que "a internalização trará ganhos substanciais". O primeiro deles, claro, será em dinamismo, uma vez que não será mais necessário perder tempo conversando e solicitando coisas a um fornecedor externo do sistema informatizado e que naturalmente tem suas próprias prioridades. Sérgio sublinha: "A partir de agora o que irá prevalecer é o que considerarmos prioritário para a Previc e as entidades".

Com isso sairá ganhando, por exemplo, o diálogo entre a fiscalização e as lideranças do sistema e as próprias entidades, uma vez que sem ter que passar por um fornecedor externo ficará mais fácil analisar as implicações das sugestões recebidas da ANCEP e da ABRAPP. É que as ideias oferecidas e as alterações pleiteadas poderão ser mais facilmente analisadas e testadas, sem os custos envolvidos antes e, portanto, representando economia, nota Sérgio.

Com o STA e a utilização como padrão dos arquivos xml, a padronização assim alcançada de um lado ajudará a reduzir custos para as entidades, enquanto de outro facilitará o monitoramento por parte da fiscalização. É que será facilitado o desenvolvimento de indicadores e, portanto, aumentada a comparabilidade, permitindo com isso aos fiscais concentrar esforços nas entidades que possam representar maior risco. Quanto mais dados e maior o seu cruzamento menor será o gasto de energia e de recursos quase sempre escassos.

As entidades também serão beneficiadas na forma de um razoável incremento em sua governança, em cuja base repousa a transparência fruto da quantidade e qualidade dos dados e de seu tratamento, através de sua comparação.

"Uma outra consequência será a formação de um clima crescentemente cooperativo", aposta Sérgio.

Ele finaliza salientando que "está tudo pronto para ligarmos a chave do STA amanhã". Mas, como o prazo de entrega dos balancetes de julho só vai se encerrar de fato no final deste mês, haverá ainda uma quinzena inteira para esclarecer as dúvidas finais na prática.

Nesse sentido, Sérgio explica que a Previc estará fazendo contato com entidades que, podendo antecipar em alguns dias o envio do balancete, o façam para testar o STA em condições efetivas.

Fonte: ANCEP Notícias, em 15.08.2019