Onda de calor e incêndios no Brasil de 2024: os riscos à saúde
- A onda de calor persiste em diversas regiões do país, com alertas para o risco elevado de incêndios
- Em São Paulo, por exemplo, a Defesa Civil do Estado a emitir um alerta para a população, no dia 30 de setembro, principalmente do centro-oeste paulista
- Mas preocupação se estende a outros estados; o Mato Grosso, por exemplo, foi responsável por 24,2% dos incêndios ocorridos no Brasil em setembro, seguido pelo Pará (21%), e Amazônia (8,4%), segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
Os dados do Inpe revelam que o Brasil responde por mais de 50% de todos os focos de incêndio detectados por satélite em toda a América do Sul, de janeiro a setembro deste ano. São mais de 209 mil focos, dos 406 mil registrados
Além das preocupações com o meio ambiente e as implicações para o agronegócio, há impactos para a saúde. Em entrevista, a médica Carolina Muga Eduardo, gerente de Regulação da Saúde da entidade que representa os principais planos de saúde do país, a FenaSaúde fala sobre o assunto.
De que forma as queimadas de 2024 no Brasil podem afetar a saúde das pessoas?
As queimadas geram fumaça que contém gases tóxicos e micropartículas, poluindo o ar. A inalação desses poluentes pode causar tosse, irritação na garganta e agravar doenças respiratórias como asma e bronquite. Além disso, as micropartículas podem provocar alergias na pele, agravar problemas cardíacos e aumentar o risco de infecções respiratórias devido ao impacto no sistema imunológico.
Também temos impactos na saúde relacionados à exposição prolongada à poluição, com efeitos neurológicos de fadiga e tontura e até mesmo o desenvolvimento de determinados tipos de câncer, por exemplo o câncer de pulmão.
Por fim, a destruição da vegetação reduz a capacidade do solo de reter água, impactando o ciclo das chuvas e contribuindo para a alternância entre secas e enchentes. Esses fenômenos favorecem a proliferação de vetores de doenças, como dengue, zika e malária.
Dependendo da idade, os efeitos das queimadas de 2024 no Brasil podem ser mais severos?
Os extremos de idade representam a população de maior risco. Crianças, com pulmões em desenvolvimento, são mais suscetíveis a doenças crônicas como asma e bronquite devido à inalação de fumaça e poluição. Além disso, seu sistema imunológico ainda em formação as torna vulneráveis a infecções respiratórias, como gripes e pneumonia. Os idosos, por sua vez, frequentemente têm comorbidades como hipertensão e diabetes, além de capacidade pulmonar reduzida, o que dificulta a recuperação de doenças respiratórias.
É importante notar que outras populações sensíveis, como gestantes, imunodeprimidos e portadores de doenças crônicas, também devem evitar a exposição à fumaça e poluição. Essas populações enfrentam maior risco de complicações, podendo resultar em internações e sequelas permanentes.
Confira, em áudio, dicas para minimizar os danos causados pelos incêndios, bem como pela estiagem prolongada
Microsseguros: a proteção ao alcance de todos
- Já imaginou poder proteger o que é mais importante para você sem pesar no bolso?
Os microsseguros são uma solução pensada especialmente para quem mais precisa. Voltados para microempreendedores e pequenos negócios, esses seguros oferecem uma cobertura acessível e eficiente. Afinal, todo mundo merece estar protegido, independentemente do tamanho do bolso
Microsseguros têm coberturas para todos os gostos
Uma das grandes vantagens dos microsseguros é a flexibilidade. Sabe aquela dúvida sobre o que pode ou não ser protegido? Eles podem cobrir tanto danos materiais quanto pessoais, dependendo da necessidade de quem contrata.
Desde 2021, os limites que existiam foram flexibilizados, o que possibilitou que esses seguros possam ser oferecidos em praticamente todas as modalidades tradicionais, como saúde, vida, e até mesmo seguros para pequenos negócios.
Simplicidade na documentação do microsseguro
Ninguém quer perder tempo com papéis complicados, certo? Por isso, os microsseguros têm uma linguagem simples e fácil de entender.
As seguradoras precisam garantir que o processo de contratação seja descomplicado e que todos saibam exatamente o que está ou não coberto. O foco é oferecer clareza para o público-alvo e evitar surpresas indesejadas.
Princípios básicos do microsseguro
Os microsseguros foram criados para trazer mais inclusão. Esses produtos foram criados justamente para atender um público que, até então, não tinha acesso aos seguros tradicionais.
Além de tudo, educação financeira e acessibilidade estão no centro dessa proposta, para garantir que você saiba exatamente como aproveitar essa proteção.
Microsseguro: inovação que facilita a vida
Não é só sobre proteção, é também sobre inovação! Isso inclui a adoção de novas tecnologias e a criação de soluções práticas para atender a população.
Esses produtos também buscam promover o desenvolvimento social, garantindo uma rede de segurança para os mais vulneráveis, o que contribui para uma sociedade mais sustentável.
Educação financeira: um bônus para os clientes que contratam microsseguro
Além de proteger, o microsseguro também te ajuda a entender melhor suas finanças. Com a orientação certa, você aprende a organizar melhor o seu dinheiro e a fazer escolhas mais conscientes no seu dia a dia.
Complemente sua informação aqui no Notícias do Seguro
. Conversa Segura #8: aumento da proteção social depende do mercado segurador
Furacão Helene: um dos mais devastadores já registrados no sudeste dos Estados Unidos
- O Furacão Helene é considerado um dos mais devastadores já registrados no sudeste dos Estados Unidos. A tempestade atingiu a Flórida na noite de 25 de outubro, começando pela região de Big Bend como um furacão de categoria 4, com ventos de 140 mph (225 km/h)
- Após enfraquecer, o furacão avançou rapidamente pela Geórgia, causando chuvas torrenciais nas Carolinas e no Tennessee, que resultaram em enchentes, forçaram represas e inundaram riachos e rios
Os danos causados por Helene somam bilhões de dólares, e o número de mortos está em constante atualização. Além das fatalidades, a região enfrenta a falta de suprimentos vitais em áreas isoladas e enormes perdas de propriedades. Segundo autoridades, a reconstrução da região será longa e complexa. Até agora, foram contabilizadas 116 mortes, seis estados atingidos e dois milhões de pessoas sem energia. Estima-se que as perdas das seguradoras ultrapassem os US$ 100 bilhões.
O setor de seguros tem um papel fundamental neste contexto, oferecendo suporte financeiro para a recuperação das áreas devastadas. Após eventos como o Helene, milhares de apólices são acionadas, e as seguradoras mobilizam equipes especializadas para avaliar os danos, processar sinistros e fornecer os recursos necessários aos segurados. Além disso, o envolvimento das seguradoras auxilia na reconstrução das comunidades afetadas, oferecendo alívio imediato para os atingidos. A colaboração entre seguradoras, autoridades locais e equipes de resgate é crucial para garantir uma resposta eficiente à catástrofe e fortalecer a resiliência da região diante de eventos extremos
Furacão Helene: operações de resgate e respostas das autoridades
Centenas de resgates aquáticos já foram realizados, incluindo operações no leste do Tennessee, onde pacientes e funcionários foram resgatados de um hospital usando helicópteros. As equipes de resgate estão trabalhando para restaurar a energia e reabrir as estradas afetadas pela tempestade. O governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, pediu paciência enquanto as equipes enfrentam a difícil tarefa de reparar a infraestrutura danificada.
Na Carolina do Norte, especialmente na cidade montanhosa de Asheville, 30 mortes foram confirmadas. O governador Roy Cooper afirmou que esse número pode aumentar à medida que as equipes de resgate cheguem a áreas isoladas devido a estradas destruídas e inundações generalizadas.
A administradora da FEMA, Deanne Criswell, informou que a agência federal de desastres está ativamente envolvida em seis estados para atender às solicitações de ajuda dos governadores e socorristas estaduais. O presidente Joe Biden também se comprometeu a fornecer ajuda federal para enfrentar a devastação. Ele aprovou uma declaração de desastre para a Carolina do Norte, disponibilizando financiamento federal para os indivíduos afetados.
Especialistas afirmam que as mudanças climáticas têm agravado as condições para o desenvolvimento de tempestades intensas como Helene. As águas mais quentes no oceano contribuem para o rápido fortalecimento desses sistemas, transformando-os em ciclones poderosos em questão de horas
Fonte: CNseg, em 01.10.2024